‘Portanto, vede prudentemente
como andais, não como tolos, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias
são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender
qual a vontade do Senhor.’ (Efésios 5.15-17).
Quando nasci,
os órgãos estatísticos diziam que eu viveria, probabilisticamente, até aos
quarenta e cinco anos. Isto queria dizer que a minha morte se daria no ano de
1996, mas eu não morri.
Considerando
que a minha morte ocorresse no dia 24 de junho de 1996, já tive uma sobrevida de
5810 dias e 9 horas [estamos no dia 22 de maio de 2012, às 9 horas da manhã].
Com esse
maravilhoso tempo, dádiva de Deus, considerando que eu poderia estar morto
desde 1996, eu poderia ter assistido a 93 mil partidas de futebol, poderia ter
dormido cerca de trinta e cinco mil horas, considerando que durmo em média 6
horas por dia. Nesse tempo pude gastar 5800 horas para minhas refeições diárias
e mais 17 mil horas, grande parte, provavelmente, perdidas diante de um
aparelho de TV.
Conforme o site
de O Globo, a expectativa do
brasileiro alcançou 73,5 anos de vida, segundo a pesquisa de Tábuas de
Mortalidade divulgada em 1º de dezembro de 2011 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Assim, caso isto se cumpra na minha
vida, ainda tenho 4599 dias, ou 110 mil horas, ou, ainda, 6 milhões e 600 mil
minutos de vida sobre a terra.
A grande
pergunta é: O que farei desta segunda sobrevida? E, poderia, ainda, me
perguntar sobre a que causas me dedicarei ou a serviço de quem trabalharei, que
obras construirei, que legado poderei deixar para as próximas gerações, de que
maneira prepararei meu passaporte para a eternidade.
Se tomar o
texto de Eclesiastes 3, nesse tempo eu posso me dedicar a plantar ou em arrancar
coisas plantadas por mim ou por outra pessoa, posso acabar de matar alguém que
já está no curso da morte ou posso ser um agente de cura ou posso, ainda,
derrubar aquilo que alguém, com muito esforço, colocou de pé, ou mesmo me
prontificar a edificar aquilo que está caído.
Sob o mesmo
manto de Eclesiastes, posso gastar esse precioso tempo chorando, lamentando e
reclamando, ou posso me divertir, dançar e me alegrar com as maravilhas da
vida, com os milagres de Deus; posso ainda espalhar pedras ou ajuntá-las e
fazer delas belos edifícios que sirvam de fortalezas para os desamparados,
posso abraçar as pessoas ao invés de repeli-las e afastá-las de mim e de Deus; nesse tempo maravilhoso que ainda
tenho, posso buscar o que se perdeu em vez de perder o que, com tanto empenho
se buscou, e posso guardar as coisas mais preciosas que herdei ou conquistei e
deixar de lançá-las fora. Nesse tempo posso, por fim, coser ou rasgar, falar ou
me calar, amar ou odiar, fazer guerras ou promover a paz.
Eu posso fazer
escolhas. Probabilisticamente, tenho ainda mais de 100 mil horas para fazer as
melhores escolhas e viver mais de 4 mil dias da melhor maneira possível,
considerando que o Senhor tem um plano de paz, e não de mal, para mim, e que
Ele tem preparado um futuro e uma esperança para os seus amados.
A palavra remir
pode significar ‘tomar para si, resgatar’. Para que tomar este tempo que temos
para mim mesmo? Para que, com ele, eu possa fazer o melhor uso, aproveitá-lo
para as coisas mais essenciais da vida e, com ele, esse precioso e maravilhoso
tempo, possa glorificar o nome do nosso bondoso e gracioso Deus.
Deixo um vídeo
para sua apreciação e tenha um bom dia, tenha bons dias, e que a vida de Deus
flua na sua vida:
Nisso pensai!
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