Estamos no dia 4 de abril de 2012 e acabo de acordar para um novo dia, que precisa ser realmente novo para mim.
Um novo dia deve revelar as novidades que Deus tem preparado para mim, para cada um de nós. Muitos acordamos estacionados nos dias ou nos tempos passados me fazendo lembrar dos cuidados que os hebreus investiram ao recolherem o maná no deserto logo no primeiro dia em que aquele episódio aconteceu. E, por que recolheram quantidades exageradas do maná naquela primeira manhã? Porque achavam que a benção daquele dia deveria ser levada para o dia de amanhã, para o de depois de amanhã e assim adiante.
O fato de nos prendermos às coisas do ‘ontem’ revela o quanto ainda nós dependemos de nós mesmos, o quanto nos satisfazemos com os ‘pães dormidos’, o quanto nos apegamos as coisas, ou fatos, que nós vivenciamos e que eventualmente nos causaram algum nível de bem estar. Por outro lado, nos apegar a ‘pães dormidos’ é uma forma de expressar o quanto duvidamos de Deus quanto a cuidar de nós e de trazer até nós o suprimento do momento.
Aprisionamentos no passado podem representar apegos emocionais, relacionamentos dos mais variados matizes [bons ou maus, frustradores ou motivadores, santos ou profanos, ativos ou já rompidos etc], sucesso ou fracasso nos negócios etc. Muitas pessoas, muitas pessoas mesmo, carregam o livro da vida com o marcador permanente estacionado a uma única página, a página do ‘ontem’.
O motivo pelo qual intitulei este texto desta forma está relacionado à palavra que ouvi na noite de ontem através do apóstolo Gilvan. Naquela noite ele se aludia a experiência em que Elias confrontou e eliminou os profetas de Baal e os do Poste-Ídolo. Esta história é encontrada em I Reis 18. Na página seguinte, encontramos o profeta Elias refugiado numa caverna, motivado pela ameaça de morte que recebera de Jezabel, mulher do Rei Acabe, conforme I Reis 19. Neste caso, virar a página significou um grande retrocesso nas posturas do profeta.
Virar páginas são atitudes que dependem de um posicionamento de fé, de uma ação que requer um pensamento focado naquilo que somos em Deus, naquilo que Ele, o Senhor, quer de nós; virar páginas tem a ver com a nossa missão, com os planos de Deus em relação a nós.
Há um maná novo para a manhã de hoje, para o dia de hoje [encontramos a experiência do maná em Êxodo 16].
Se algo do que estamos acostumados tem servido para nos escravizar, para nos fazer estacionar, para nos impedir de fluir nos rios de Deus, para roubar a nossa fé e a nossa esperança, se os ‘pães dormidos’ tem sido instrumentos de Satanás para nos imobilizar, para nos marcar no pecado e nos imergir no mar da culpa e do ressentimento, e se os fatos nos quais nós fincamos nossas âncoras pessoais têm servido para nos fazer viver amuados, embrutecidos, desconfiados, não podemos mais continuar mantendo esta página da nossa história aberta.
É necessário virar a página não sem antes concluir a sua leitura com o coração disposto. Se aquela página ao ser fechada representa algo que tenhamos que perdoar, perdoemos; se é algo de que tenhamos de nos arrepender e de nos confessar a Deus e a pessoas as quais ofendemos um dia, façamos isso; se foram frustrações pessoais, coisas das quais nos arrependemos de termos feito um dia, perdoemos a nós mesmos e disponhamos nosso coração em fazer as coisas de uma maneira melhor. Enfim, passar simplesmente para a outra página representa que devemos buscar em Deus sobre aquilo que Ele pensou de nós para aquele novo momento da nossa história, o nosso maná que vem da parte d’Ele neste novo dia, nesta nova manhã.
Enquanto escrevo, acabo de me lembrar de uma canção bem antiga, do grupo ‘Vencedores Por Cristo’, cuja poesia se expressa assim:
Logo de manhã quero te buscar
Tua voz ouvir
Teu amor sentir
Estender as mãos para te louvar
Derramar meu coração sobre teu altar
Pois tu sabes bem
Tudo quando há em mim
Vou te seguir e te amar até o fim
No livro das Lamentações de Jeremias – 3.22-24 – lemos que ‘as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim: renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei n’Ele’.
Quando me assentei para escrever este texto, o primeiro foi abrir o livro dos Provérbios de Salomão no capítulo 4, hoje é dia 4 e esse tem sido um costume que eu desenvolvi, o de ler este livro associando a numeração dos capítulos ao dia do nosso calendário. Certamente o seu texto está todo associado ao que pudemos ler acima; no entanto, para não ficar muito longa esta meditação, apenas sugiro que você faça a leitura destes provérbios ao longo deste dia e que o Senhor abençoe sua vida.
João Carlos Marins
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