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sábado, 7 de abril de 2012

Caminhe na Contramão do Mundo...


Eu havia decidido não escrever nada nesta manhã deste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde e, também, Dia do Jornalismo.
No entanto, como eu vinha refletindo sobre a nossa humanidade, ao me envolver numa pesquisa na web encontrei uma frase que tocou o meu coração e que dizia: ‘Caminhe na Contramão do Mundo, seja santo’. Como Deus fala conosco! Aliás, Ele tem querido falar conosco todo o tempo. Nós é que não vivemos atentos o tempo todo ao ponto de entendermos a voz de Deus.
Quando o Senhor esteve em amizade com Abraão, lhe orientando sobre seus planos para as gerações futuras e para as famílias da terra, num de seus ensinamentos Ele dizia a àquele servo: ‘anda na minha presença e sê perfeito’. Nós podemos encontrar este texto em Gn 17.1. Abraão tinha noventa e nove anos.
A gente pode até mesmo se perguntar se não seria muito tarde para Abraão ouvir esta recomendação. Tudo bem para quem já está ‘caindo pela tabela’, sucumbindo de fadiga e canseira, doente, pronto ‘prá bater as botas’. Em Gn 25 lemos que Abraão morreu aos cento e setenta e cinco anos. Ou seja, teve ainda mais setenta e seis anos para alcançar o padrão de excelência de vida requerido pelo Senhor.
No capítulo 7 da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, encontramos da tão importante declaração daquele servo de Deus acerca de sua humanidade e da grande dificuldade que ele, e todos nós, temos para vencer as inclinações da carne, da vontade. No verso 24 ele se declara ‘miserável homem’ pelo fato de viver uma intensa luta entre fazer ou não fazer aquilo que quer ou o que não quer.
O fato de nos tornarmos cristãos não nos imunizou de nós mesmos, das inclinações que nos tentam fazer pender para as nossas vontades. Jesus mesmo, quando vivia o momento mais crucial de sua vida terra, estando para ser levado pelos soldados, em oração ao Pai, clamando por aquele momento, se deparou com a luta interna sobre obedecer ou não obedecer.
Quando penso no momento em que Ele clama a Deus que, se possível, passasse d’Ele aquele cálice, o cálice da crucificação, penso que havia dois cálices imaginários, o seu cálice pessoal, o seu projeto particular e que representava a sua vontade, os desejos de seu coração, e outro cálice, o que representava o projeto de Deus para a vida da humanidade de todos os tempos, o cálice da obediência derradeira, o cálice que, se tomado, consolidaria a derrota de todo intento de Satanás e a abertura da porta da eternidade para todos os seres humanos. Era uma escolha que Jesus teria que decidir.
Titubear entre dois senhores, escolher entre nosso caminho e o caminho de Deus, optar entre a vontade da carne e a vontade d’Aquele que tem uma eternidade para ser vivida de maneira aprazível, dentre outras figuras que a Bíblia nos apresenta quando quer expressar nossa condição interna de conflitos sobre o SIM e o Não etc ... é o nosso chamado pessoal, o ponto que pode determinar a nossa vitória, o resultado final do nosso viver.
‘Anda na minha presença e sê perfeito’ pode querer nos dizer que não poderemos alcançar estágios de excelência fora da presença de Deus. Ou seja, a única condição que temos ao nosso dispor para buscar a perfeição dos nossos feitos, pensamentos, palavras, escolhas etc é andar na presença do Senhor.
Andemos na contramão do mundo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Bicho


‘Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’ é uma frase muito conhecida entre nós brasileiros. Não sei quem foi o autor, mas sei que foi muito cantada numa fase da carreira de Nei Matogrosso numa canção intitulada Homem com H.
É uma expressão típica de quem ainda não experimentou o Deus Todo-Poderoso, o Deus dos milagres. Então, quem conheceu a mão poderosa de Deus, a Igreja, expandiu a frase, apresentando a via da alternativa da vitória: ‘se orar o bicho foge’.
O bicho pode ser um monte de coisas. Pode ser o próprio diabo, o inimigo de Deus, nosso inimigo; podem ser pessoas que movidas por razões ou por sentimentos quaisquer se voltam contra nós para nos espezinhar; podem ser circunstâncias adversas sob a influência das quais nos sentimos encurralados; e, podem ser ‘vírus emocionais’ que eventualmente povoam nossa alma.
‘Vírus emocionais’ podem ser traumas do passado que nos importunam insistentemente, desejos ilícitos que nos tentam fazer caminhar fora dos padrões e dos valores éticos e morais, ímpetos que nos fazer manifestar reações estúpidas, sentimentos de menos valia, angústias e ressentimentos, medo, antipatias e tantas outras que tentam tornar nossa alma adoecida, empobrecida, desanimada, desistida.
Quando nos vemos assolados com estas coisas internas, inerentes ao nosso ser, nos vemos embaraçados a tal ponto que, às vezes, dá vontade de entrar numa caverna escura e ficar lá, bem escondido, até a tempestade passar. A questão é que, por serem coisas que fazem parte de nós, seguem conosco caverna adentro. Aí o bicho pega, e pega mesmo. Na medida em que vamos dando espaço aos sentimentos de fracasso, de impotência, de desesperança, o bicho via crescendo dentro de nós.
Quando Jesus falou que teríamos aflições no mundo, estava se referindo também a esse tipo de aflição interna. Mas, a grande notícia é que Ele já venceu todos os nossos inimigos em nosso favor, mesmo aqueles que vêm sob a forma de ‘vírus da alma’.
No texto de II Crônicas 20 vemos o rei Josafá, um dos reis de Israel, vivendo um momento de medo. Estava sendo ameaçado por uma grande multidão que vinha contra ele e contra o seu povo, além de estar geograficamente sem opções. O inimigo estava tão perto que não haveria muito tempo para organização as forças de defesa.
A questão é que o rei Josafá não entrou em nenhuma caverna, não alimentou nenhum ‘vírus emocional’ dentro de si, não se agitou como um desesperado, não estressou sua família e nem o povo sobre o qual governava. O rei Josafá tratou a situação na terceira via da expressão acima: ‘se orar o bicho foge’. Naquela experiência o bicho não teve nem tempo de fugir. O rei viu a ação da mão poderosa de Deus a tal ponto que seus inimigos começaram a lutar entre si, uns matando os outros até que todos estivessem totalmente derrotados, mortos.
Foi três o número de dias que o povo do rei Josafá se dedicou a recolher as riquezas expostas junto aos corpos dos cadáveres de seus inimigos.
Quando nos vemos envolvidos em algo que nos assedia perversamente para tentar nos destruir, geralmente nem pensamos no resultado final positivo como a derrota final dos nossos inimigos e nem mesmo na possibilidade de sairmos mais ricos do que entramos. Normalmente, pela pequenez da nossa mente humana, nos vemos abatidos, confundidos e perdidos no meio do fogo cruzado.
A receita? Pergunte ao rei Josafá. Ele não existe mais, mas sua história se encontra em II Crônicas 20. Há muitos ‘reis Josafá’ perto de você. Observe-os e veja como venceram suas guerras internas. Deus tem um plano de futuro e de esperança para você.
Recomendo o vídeo abaixo:
Shalom!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Filtro


Estive pesquisando sobre a freqüência com que a palavra ‘voz’ é mencionada nas Escrituras Sagradas. No total são cerca de quinhentas citações, sendo trezentas e setenta vezes no Antigo Testamento e as demais, cento e trinta, no Novo Testamento.
Encontramos os tipos de voz com que nós nos expressamos, como por exemplo: a voz da nossa oração, da súplica, do clamor, de júbilo, voz do cântico e voz do louvor, a voz do gemido e do pranto, dentre tantas.
Mas, quero pensar um pouquinho no tipo de voz que estamos acostumados a escutar. E mais, sobre a maneira como as ouvimos.
Ué! Então há um jeito certo de ouvir? Eu diria que, para aquele que quer desenvolver uma vida de fé, há, sim, uma forma adequada de aplicar os ouvidos às vozes que tentam se comunicar conosco. Em I Co 14.10 lemos que há ‘tanta espécie de vozes no mundo e que nenhuma delas é sem significação’.
Às vezes nos vemos muito embaraçados sobre o que fazer – que decisão tomar – em relação a determinadas coisas! Você já percebeu que, em alguns momentos ou situações, quanto mais ouvimos as pessoas mais enrolados ficamos e nos tornamos ainda mais confusos? Há momentos em que até temos medo de tomar certas decisões.
Em Romanos 10.17 lemos ‘a fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem pela palavra de Cristo’. Muitos temos lido e entendido que ‘a fé vem pelo ouvir, e ouvir a palavra de Deus’. Mas não é assim que diz o texto do apóstolo Paulo.
Ali vemos uma afirmativa de suma importância, a de que damos fé naquilo que ouvimos; é o que ouvimos que fundamentará a nossa fé, e que fundamentará as nossas decisões. Há muitas pessoas que colocam fé nas ‘abobrinhas’ que ouvem ao longo da vida.
Se quisermos a fé verdadeira, temos que ouvir ‘pela palavra de Cristo’. É como se a palavra de Cristo atuasse como um filtro para os nossos ‘ouvidos espirituais’. Ou seja, tudo o que nós ouvimos, de quem ouvimos etc, deve passar pelo filtro da Palavra de Deus. Não é tudo que entra por nossos ouvidos que deve ser acolhido em nosso coração.
Mesmos as vozes dos mestres, dos profetas, dos sacerdotes, de irmãos ‘ungidos’ têm que passar pelo filtro. Encontramos uma infinidade de textos que nos advertem a que não julguemos as pessoas, mas aquilo que ouvimos delas.
Muitas vez a voz de uma menininha como a serva de Naamã [II Rs 5.5] vale mais que a voz de um profeta como Balaão [Jd 11]. No entanto, uma e outra voz deve ser filtrada pela Palavra de Deus.
Lembremo-nos de que sempre seremos responsáveis pelas decisões que tomamos e nunca poderemos culpar as outras pessoas pelos conselhos que nos deram. Elas não são culpadas por acolhermos suas idéias, opiniões, profetadas, sugestões etc, se nós não passarmos as suas palavras pelo eficiente filtro da Palavra de Deus.
Finalmente, você quer saber que tipo de pessoa tem querido falar conosco além do Senhor, de nossos mentores, pais, mestres etc? Então vejamos alguns exemplos.
A voz do cônjuge – Gn 3.17
A nossa própria voz – Gn 4.23
A voz do povo – Jz 21.2 [cuidado; a voz do povo não é a voz de Deus]
A voz do amigo – I Sm 19.6
A voz dos poderosos – I Sm 24.16
A voz de endemoninhados – I Sm 28.12
A voz do silêncio – I Rs 18.29
A voz das aves – Ec 12.4
A voz do temor – Is 30.19
A voz dos estranhos – Jo 10.5
Nisso pensai!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Virando a Página


Estamos no dia 4 de abril de 2012 e acabo de acordar para um novo dia, que precisa ser realmente novo para mim.
Um novo dia deve revelar as novidades que Deus tem preparado para mim, para cada um de nós. Muitos acordamos estacionados nos dias ou nos tempos passados me fazendo lembrar dos cuidados que os hebreus investiram ao recolherem o maná no deserto logo no primeiro dia em que aquele episódio aconteceu. E, por que recolheram quantidades exageradas do maná naquela primeira manhã? Porque achavam que a benção daquele dia deveria ser levada para o dia de amanhã, para o de depois de amanhã e assim adiante.
O fato de nos prendermos às coisas do ‘ontem’ revela o quanto ainda nós dependemos de nós mesmos, o quanto nos satisfazemos com os ‘pães dormidos’, o quanto nos apegamos as coisas, ou fatos, que nós vivenciamos e que eventualmente nos causaram algum nível de bem estar. Por outro lado, nos apegar a ‘pães dormidos’ é uma forma de expressar o quanto duvidamos de Deus quanto a cuidar de nós e de trazer até nós o suprimento do momento.
Aprisionamentos no passado podem representar apegos emocionais, relacionamentos dos mais variados matizes [bons ou maus, frustradores ou motivadores, santos ou profanos, ativos ou já rompidos etc], sucesso ou fracasso nos negócios etc. Muitas pessoas, muitas pessoas mesmo, carregam o livro da vida com o marcador permanente estacionado a uma única página, a página do ‘ontem’.
O motivo pelo qual intitulei este texto desta forma está relacionado à palavra que ouvi na noite de ontem através do apóstolo Gilvan. Naquela noite ele se aludia a experiência em que Elias confrontou e eliminou os profetas de Baal e os do Poste-Ídolo. Esta história é encontrada em I Reis 18. Na página seguinte, encontramos o profeta Elias refugiado numa caverna, motivado pela ameaça de morte que recebera de Jezabel, mulher do Rei Acabe, conforme I Reis 19. Neste caso, virar a página significou um grande retrocesso nas posturas do profeta.
Virar páginas são atitudes que dependem de um posicionamento de fé, de uma ação que requer um pensamento focado naquilo que somos em Deus, naquilo que Ele, o Senhor, quer de nós; virar páginas tem a ver com a nossa missão, com os planos de Deus em relação a nós.
Há um maná novo para a manhã de hoje, para o dia de hoje [encontramos a experiência do maná em Êxodo 16].
Se algo do que estamos acostumados tem servido para nos escravizar, para nos fazer estacionar, para nos impedir de fluir nos rios de Deus, para roubar a nossa fé e a nossa esperança, se os ‘pães dormidos’ tem sido instrumentos de Satanás para nos imobilizar, para nos marcar no pecado e nos imergir no mar da culpa e do ressentimento, e se os fatos nos quais nós fincamos nossas âncoras pessoais têm servido para nos fazer viver amuados, embrutecidos, desconfiados, não podemos mais continuar mantendo esta página da nossa história aberta.
É necessário virar a página não sem antes concluir a sua leitura com o coração disposto. Se aquela página ao ser fechada representa algo que tenhamos que perdoar, perdoemos; se é algo de que tenhamos de nos arrepender e de nos confessar a Deus e a pessoas as quais ofendemos um dia, façamos isso; se foram frustrações pessoais, coisas das quais nos arrependemos de termos feito um dia, perdoemos a nós mesmos e disponhamos nosso coração em fazer as coisas de uma maneira melhor. Enfim, passar simplesmente para a outra página representa que devemos buscar em Deus sobre aquilo que Ele pensou de nós para aquele novo momento da nossa história, o nosso maná que vem da parte d’Ele neste novo dia, nesta nova manhã.
Enquanto escrevo, acabo de me lembrar de uma canção bem antiga, do grupo ‘Vencedores Por Cristo’, cuja poesia se expressa assim:
Logo de manhã quero te buscar
Tua voz ouvir
Teu amor sentir
Estender as mãos para te louvar
Derramar meu coração sobre teu altar
Pois tu sabes bem
Tudo quando há em mim
Vou te seguir e te amar até o fim
No livro das Lamentações de Jeremias – 3.22-24 – lemos que ‘as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim: renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei n’Ele’.
Quando me assentei para escrever este texto, o primeiro foi abrir o livro dos Provérbios de Salomão no capítulo 4, hoje é dia 4 e esse tem sido um costume que eu desenvolvi, o de ler este livro associando a numeração dos capítulos ao dia do nosso calendário. Certamente o seu texto está todo associado ao que pudemos ler acima; no entanto, para não ficar muito longa esta meditação, apenas sugiro que você faça a leitura destes provérbios ao longo deste dia e que o Senhor abençoe sua vida.
João Carlos Marins