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terça-feira, 22 de maio de 2012

Jogando Tempo Fora


‘Portanto, vede prudentemente como andais, não como tolos, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.’ (Efésios 5.15-17).

Quando nasci, os órgãos estatísticos diziam que eu viveria, probabilisticamente, até aos quarenta e cinco anos. Isto queria dizer que a minha morte se daria no ano de 1996, mas eu não morri.

Considerando que a minha morte ocorresse no dia 24 de junho de 1996, já tive uma sobrevida de 5810 dias e 9 horas [estamos no dia 22 de maio de 2012, às 9 horas da manhã].

Com esse maravilhoso tempo, dádiva de Deus, considerando que eu poderia estar morto desde 1996, eu poderia ter assistido a 93 mil partidas de futebol, poderia ter dormido cerca de trinta e cinco mil horas, considerando que durmo em média 6 horas por dia. Nesse tempo pude gastar 5800 horas para minhas refeições diárias e mais 17 mil horas, grande parte, provavelmente, perdidas diante de um aparelho de TV.

Conforme o site de O Globo, a expectativa do brasileiro alcançou 73,5 anos de vida, segundo a pesquisa de Tábuas de Mortalidade divulgada em 1º de dezembro de 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, caso isto se cumpra na minha vida, ainda tenho 4599 dias, ou 110 mil horas, ou, ainda, 6 milhões e 600 mil minutos de vida sobre a terra.

A grande pergunta é: O que farei desta segunda sobrevida? E, poderia, ainda, me perguntar sobre a que causas me dedicarei ou a serviço de quem trabalharei, que obras construirei, que legado poderei deixar para as próximas gerações, de que maneira prepararei meu passaporte para a eternidade.

Se tomar o texto de Eclesiastes 3, nesse tempo eu posso me dedicar a plantar ou em arrancar coisas plantadas por mim ou por outra pessoa, posso acabar de matar alguém que já está no curso da morte ou posso ser um agente de cura ou posso, ainda, derrubar aquilo que alguém, com muito esforço, colocou de pé, ou mesmo me prontificar a edificar aquilo que está caído.

Sob o mesmo manto de Eclesiastes, posso gastar esse precioso tempo chorando, lamentando e reclamando, ou posso me divertir, dançar e me alegrar com as maravilhas da vida, com os milagres de Deus; posso ainda espalhar pedras ou ajuntá-las e fazer delas belos edifícios que sirvam de fortalezas para os desamparados, posso abraçar as pessoas ao invés de repeli-las e afastá-las de mim e de Deus; nesse tempo maravilhoso que ainda tenho, posso buscar o que se perdeu em vez de perder o que, com tanto empenho se buscou, e posso guardar as coisas mais preciosas que herdei ou conquistei e deixar de lançá-las fora. Nesse tempo posso, por fim, coser ou rasgar, falar ou me calar, amar ou odiar, fazer guerras ou promover a paz.

Eu posso fazer escolhas. Probabilisticamente, tenho ainda mais de 100 mil horas para fazer as melhores escolhas e viver mais de 4 mil dias da melhor maneira possível, considerando que o Senhor tem um plano de paz, e não de mal, para mim, e que Ele tem preparado um futuro e uma esperança para os seus amados.

A palavra remir pode significar ‘tomar para si, resgatar’. Para que tomar este tempo que temos para mim mesmo? Para que, com ele, eu possa fazer o melhor uso, aproveitá-lo para as coisas mais essenciais da vida e, com ele, esse precioso e maravilhoso tempo, possa glorificar o nome do nosso bondoso e gracioso Deus.

Deixo um vídeo para sua apreciação e tenha um bom dia, tenha bons dias, e que a vida de Deus flua na sua vida:

Nisso pensai! 

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Alegria do Coração e a Tristeza do Coração



|Provérbios 15. 13 e 15|
A Palavra de Deus é tremendamente intensa. Eu a leio por mais de trinta anos e, cada dia, encontro tesouros escondidos e riquezas encobertas no texto sagrado. Isso não tem nada a ver com a ampliação gradativa do conhecimento adquirido pela leitura cotidiana, mas por causa da forma como Deus nos ama, como Ele manifesta a Sua graça em nosso favor, a maneira como procura nos atrair para Si mesmo e pelo cuidado com que o Seu Santo Espírito tem nos tratado. Glória a Ele por isso!
Hoje eu acordei pensando sobre o primeiro dia em que Deus me viu. Onde eu estava? O que estava fazendo? Quando isso aconteceu? Lembrei-me de que o apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos elegeu n’Ele antes da fundação do mundo, conforme Carta aos Efésios 1.5. Ou seja, antes que qualquer coisa fosse efetivamente criada, o Senhor, na Sua onisciência, já estava olhando para um ponto da eternidade e vendo que hoje, com os meus sessenta anos de idade, eu estaria trazendo esta memória à luz apenas porque Ele me viu, e me elegeu. É bem verdade que isto é colocado de uma forma muito simples, mas houve uma logística divina que cruzou toda a história da humanidade, toda a cadeia genealógica desde o primeiro homem até que aquela visão de Deus se tornasse verdade nesta manhã. Um dia Deus me viu, cada dia da minha vida Ele me vê e, neste exato instante Ele está me assistindo de algum lugar da eternidade.
Mas, você pode estar se perguntando se isso tem alguma coisa a ver com o título desta reflexão.
O rei Salomão – Provérbios 15.13 - nos ensina que a tristeza do coração abate o nosso espírito e, assim, entendemos que a razão porque muitos vivem abatidos em seu ânimo, na vontade de viver, de continuar, de perseverar, de esperar um pouco mais etc, decorre do fato de algo invadiu a fortaleza de seu ser, e produziu tristeza, e essa tristeza, como ácido, está correndo de dentro para fora, gerando morte pelo abatimento do espírito.
Como a Palavra de Deus não fica apenas no confronto dos nossos sentimentos mais nocivos, mas, ela mesma, é a resposta e instrumento de terapia para a nossa alma, no mesmo capítulo – Provérbios 15.15 – lemos que a alegria do coração é banquete contínuo. Ou seja, há um antídoto espiritual para o problema crônico da tristeza e esse antídoto se chama alegria. Temos lido em Neemias 8.10 que ‘a alegria do Senhor é a nossa força’.
Abrindo um ligeiro parêntesis, em João 15.15 vemos que Jesus já não nos chama mais de servos, mas de amigos. Ou seja, se alguém de nós sente-se sem amigos, Jesus se fez nosso amigo.
Voltando ao texto de Provérbios, e para concluir esta reflexão, vemos que a fonte da nossa alegria não está em qualquer coisa, palavra ou gesto humanos, não está na satisfação de qualquer dos nossos anseios, mas que a alegria do coração do homem está no olhar de amigo, e este amigo se chama Jesus. Ele é a verdadeira fonte da nossa alegria.
Tenhamos todos um bom e alegre dia.