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terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Medalha Possível

[texto editado na revista ES Brasil, do Estado do Espírito Santo]


‘O futuro não pode ser previsto, mas pode ser inventado. É a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos’ – Dennis Gabor.
Dennis Gabor [5.06.1900 ~ 9.02.1979], físico húngaro, nascido em Budapeste e naturalizado britânico, foi graduado pelo Imperial College of Science and Technology, de Londres e criou a holografia em 1949 o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física no ano de 1971.
Busquei esta frase porque estava me lembrando de alguém, dirigente de uma média empresa que opera no mercado de projetos de engenharia, que estava com certa inquietação pelo fato de que sua organização ainda não havia feito grandes avanços em apoio a projetos junto a sociedade.
Ficamos por um tempo discutindo opções que pudessem satisfazer aquele desejo pelas ações socialmente responsáveis e acabamos por descobrir que muito pode ser feito com muito pouca coisa, o que aproveito neste momento para desmistificar a máxima de que as coisas só podem ser feitas com algum dinheiro.
Então, o que pode fazer da minha empresa uma ‘organização colecionadora de medalhas’ na área do desenvolvimento social, em apoio a projetos junto as comunidades? Não é muito fácil responder a uma pergunta como essa com tão poucas linhas.
Tenho compreendido que antes que qualquer empresa seja ‘socialmente responsável’, alguém que a dirija já terá que ter sido ‘picado’ pelo mosquito da responsabilidade social. Antes de mais nada, essa liderança empresarial precisa ter o coração preparada. Muitas empresas têm atuado junto as questões sociais apenas por causa dos requisitos, pela presença de pressão social ou por qualquer outro instrumento constrangedor. Quando o empresário tem o seu coração sensível do quanto pode, com os recursos em suas mãos, ser instrumento de transformação social, todos os demais argumentos se esgotam. Este, então, pode ser o primeiro requisito rumo à medalha social: ter um coração sensível.
Sabemos que empresários não têm tempo, nem mesmo para sua família. Uma agenda equilibrada pode levar o dirigente a dedicar o tempo necessário para a sua parentela, mas também para conhecer o tema da responsabilidade social. Muitas atitudes deixam de ser tomadas por desconhecimento, por medo de estar jogando dinheiro fora, por mero preconceito, dentre outros. É mister que se dê o primeiro passo, o do conhecimento do tema, mas para isso tem-se que eliminar o medo e o preconceito.
O aparelhamento de uma empresa pode propiciar a realização de grandes e importantes avanços na promoção de parcerias sociais bem sucedidas. Grandes projetos não são, necessariamente, resultado de grandes investimentos financeiros. Poderíamos citar um tanto de recursos que poderiam ser colocados ao dispor de projetos de sucesso, ganhadores de medalhas: sucatas e resíduos, mobiliário e ou equipamentos alienados, espaços físicos que podem ser colocados ao dispor da sociedade como salas de aula etc, profissionais com algum tempo de ociosidade e que poderiam prestar algum tipo de serviço social no horário do expediente, competências técnicas que poderiam ser compartilhas com grupos de jovens ou pessoas desempregas na área de influência da empresa, dentre outros. Ops! Dinheiro, também; caso haja disponibilidade. Assim, o terceiro requisito seria: considerar-se capaz de agir.
Uma frase muito conhecida é a de que ‘uma andorinha sozinha não faz verão’. Mas pode fazer muita coisa. Na verdade, gostaria de afirmar que há muita gente que gostaria de trabalhar em conjunto com outros parceiros sociais. É possível projetos em parceria com Instituições Sociais já presentes nas comunidades vizinhas, que envolvam a prefeitura do município, o Ministério Público. Então, olhar para fora, tanto para as carências quanto para as potencialidades, pode nos ajudar a sonhar com a construção de uma sociedade melhor. Construir um projeto partilhado poderia ser então o nosso quarto requisito.
E agora, precisamos testar nossa capacidade de interlocução. Quando uma empresa tem a ‘ficha suja’ perante a sociedade isto pode não ser tão fácil. Temos que limpar nosso nome do SPC social. Depois de constatado de que não há pendências que mantenham as portas fechadas, precisamos iniciar os procedimentos de articulação social junto as comunidades vizinhas, aos gestores municipais e junto aos demais possíveis parceiros. Assim, o quinto quesito é ‘realizar uma articulação social’.
O melhor laboratório para as ações sociais de uma empresa junto a comunidade é o ambiente interno. Avaliar a satisfação de colaboradores internos, verificar a qualidade de vida de seus empregados, as questões relacionadas a segurança no trabalho etc é o melhor atestado e o que vai fazer da empresa um exemplo para outras partes interessadas, os stakeholders como são conhecidos. Dessa forma, o sexto quesito é ‘fazer o dever de casa’.
Para que o sétimo requisito seja efetivado precisaremos vencer a inércia e começar.
Enfim, gostaria de informar que além de instituições e profissionais capacitados no mercado, a empresa tem ao seu dispor recursos que não lhe custarão qualquer sacrifício de qualquer ordem. O Instituto Ethos – www.ethos.org.br – tem disponibilizado instrumentos, manuais e ferramentas extremamente importantes para que a empresa medalhista comece pelo seu primeiro ‘ouro’.
Vai campeão!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Amparados em Jesus: Presença Real

‘Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizento: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’
[Mateus 27:46]
Quando abrimos a carta escrita por Paulo aos Filipenses, capítulo 4, verso 5, na parte final do texto encontramos a citação de ‘perto está o Senhor’.
Mesmo que saibamos que nosso pecado faz separação entre nós e nosso Deus, conforme Isaías 59:2, temos aprendido com Jesus a orar de maneira particular. E, quando oramos dizemos: ‘Pai nosso que está nos céus...’. João, ao escrever a sua primeira epístola às igrejas, inspirado pelo Senhor ele declara: ‘filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pecais. Mas, se alguém pecar, temos um advogado...’.
Esse é o nível de relacionamento que nosso Deus quer ter conosco. Um relacionamento de paternidade, de aproximação, em que o Senhor se nos apresenta como um Deus presente, amigo, sempre pronto a nos aceitar e a nos tratar de maneira particular.
No livro de Mateus encontramos advertências sobre o tipo de inimigo que temos a enfrentar, mas no mesmo livro sabemos da parte de Jesus que Ele mesmo estaria conosco, todos os dias, até a consumação dos séculos.
Foi assim com muitos homens ao longo de todo o relato bíblico.
Adão quando pecou – Ele se escondeu de Deus, se vestiu de folhas, ficou frustrado, envergonhado e tudo o mais. Você pensa que Deus não sabia que Adão havia pecado? Claro que Deus sabia. Assim mesmo o Senhor se aproximou de Adão para lhe oferecer uma chance da redenção. Lá naquele texto de Gênesis encontramos um Deus a sacrificar um animal para prover ao homem uma cobertura. Como que a dizer: Estou aqui, pronto a mudar a sorte da sua vida.
Davi e a morte de Urias – Essa foi uma das tramas mais complexas da histórica bíblica e que levou um homem com Davi, homem segundo o coração de Deus, a sofrer. No Salmos 51 ele declara: ‘torna a dar-me a alegria da salvação e renova em mim um espírito reto’. Essa é uma declaração de homem doente, marcado pelo pecado, mas que não foi esquecido por Deus. É bem verdade que foi tratado, mas não abandonado.
Saulo, homem cego – Quando esse homem saiu em campanha para oprimir a igreja que se levantava com poder naqueles dias, o Senhor o encontrou. Dessa experiência ficou cego. Todos os sentimentos de impotência, abandono, vergonha e tudo o mais devem ter passado por sua cabeça e coração. Enquanto isso, o mesmo Deus que o havia encontrado no caminho de Damasco, teve um encontro com um tal Ananias e lhe disse: Ananias preciso que você me ajude a transformar o futuro de um homem precioso. Veja que apesar de Saulo consentir com a morte de muitos cristãos, ainda assim Deus o viu e o visitou, providenciando alguém que o conduzisse ao caminho da salvação.
Sadraque, Mesaque e Abednego – Homens fiéis ao Senhor e que foram provados no fogo. Ao serem lançados para que o furor do rei fosse aplacado ali estava o Senhor, como a quarta pessoa dentro daquela fornalha. Eles não estavam sozinhos.
No texto acima, Jesus representava todos os pecados cometidos por todas as pessoas que viveram e que vivem e que jamais viveram sobre a face da terra. Jesus era a maior concentração de pecado jamais vista sobre uma mesma pessoa. O pecado fez a separação entre o homem Jesus e Deus. Mas, o cordeiro sem pecado estava na pessoa de Jesus e, quando o juízo sobre nossos pecados foi consumado em Jesus, diz a Palavra de Deus que o véu do templo se rasgou de alto a baixo. Os céus se abriram e, mesmo que Jesus houvesse declarado que o Pai o havia abandonado, ao final da sua experiência crucial Ele, Jesus, pôde declarar: A Ti Entrego O Meu Espírito.
Com Amor!

Protegendo os Muros da Cidade - II

Palestra com base em Ezequiel 33:
‘Protegendo os Muros: O Papel do Atalaia’
O Atalaia é aquele que é colocado em torres de vigia.
Ele tem seu turno e não pode dormir naquele turno. Não pode ficar desatento.
Deus é um atalaia. No Salmos 121 diz que ‘não dormita, nem dorme o guarda de Israel.
Alguns requisitos para o Atalaia:
Requisito 1. Reputação reconhecida [não pode ser um desconhecido; é preciso que seja uma pessoa que goze da confiança dos demais. Verso 2 nos diz: ‘um homem dos seus limites’.
Requisito 2. Tem que ser constituído – Precisa ser legitimado [verso 2: ‘constituir por seu atalaia’]. O Atalaia não pode ficar na torre por si mesmo. Há muitos admiradores da natureza que gostam de ficar em torres e que só olham para aquilo que lhes interessa e não cuida do principal. Há muitos falsos atalaias que ficam vigiando a vida dos outros sem ter sido constituído. Todo crente deve ser, antes de mais nada o atalaia de sua própria vida [Mateus 26:41 nos diz: ‘Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.’
Requisito 3. Verso 3: ‘Vendo ele...’ – Tem que ter visão – Esse homem precisa ter uma visão capaz de discernir se o que está chegando à cidadela é do bem ou do mal.
Requisito 4. Verso 3: ‘tocar a trombeta’ – Não pode se descuidar do shofar. Shofar, antes de mais nada, é um instrumento de adoração. Não podemos deixar nossas armas espirituais guardadas. Não podemos ficar perplexos diante do perigo. Temos que tomar a trombeta e tocar, alertando à cidade de que o perigo está chegando.
Requisito 5. Verso 3: ‘avisar o povo’ – O atalaia deve preservar o povo do perigo, avisar que algo ruim está para acontecer. Se o atalaia não avisar, o povo morrerá. Se o atalaia avisar de forma equivocada, ele causará muitos danos. Atalaias podem ser subornados para não dar o aviso, ou para facilitar a abertura dos portões da cidade.
Podemos, à luz de Isaías 11, reconhecer a importância de alguns atributos na vida do atalaia. Podemos fazer analogia com o Castiçal [a Menorah]. O Castiçal servia como luzeiro, dentro da tenda.
A cana central, representa o Espírito Santo, a fonte da unção. O atalaia tem que ter a unção de Deus
As hastes mais próximas falam de mais dois atributos: O atalaia tem que ter sabedoria e tem que ter entendimento. Sabedoria para discernir o que está acontecendo e entendimento para cumprir o seu papel de maneira segura, pronta e adequada.
As hastes seguintes falam de outros dois atributos: Conselho e Fortaleza. O atalaia não pode tomar decisões em dúvida. Se lhe faltar conselho, não terá fortaleza na tomada de decisão. Nosso conselheiro não pode ser apenas o nosso coração, nem apenas a nossa mente. Temos que buscar conselheiros com idoneidade para tal. Deus e a sua palavra são nossos principais conselheiros. A insegurança de um atalaia, revela um homem sem conselho, incapaz de realizar certas tarefas.
As últimas hastes falam de Conhecimento e de Temor do Senhor. Jesus venceu ao Diabo no deserto porque conhecia a Deus e à sua palavra. Um homem sem conhecimento de Deus é uma pessoa espiritualmente destruída. Sob o conhecimento de Deus, cada atitude será tomada com o Temor do Senhor, em não ferir a santidade de Deus, em não expor nem a própria vida, nem sua própria casa, igreja ou cidade.
Quando acendemos o Candeeiro, Candelabro ou Menorah, a luz se manifesta. Isso indica que o atalaia tem que ter uma visão, mas tem que manter a cidade iluminada, segura, protegida.

Protegendo os Muros da Cidade - I

Palestra com base em II Crônicas 20:
‘Defesa e Vitória Contra Invasores: A Experiência do Rei Josafá’
Bases para a fé cristã, com base na Parábola do Semeador [Mateus 13]
3E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. 4e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram. 5E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda; 6mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se. 7E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram. 8Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.
Base 1. Verso 4 - Sempre haverá corvos à volta das pessoas. Em I Pedro 5:8 lemos: ‘Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar’. Toda vez que a Palavra fica à beira do caminho estamos sujeitos a uma aproximação, a um ataque do adversário.
Base 2. Verso 5 – A estabilidade emocional depende de uma vida aprofundada com Deus. Nem sempre os sentimentos humanos estarão imunes a episódios ruins. As emoções variam de boas até más. Conforme Gálatas 5:17, há uma constante oposição interna. Mas as reações no âmbito das emoções precisam do controle do Espírito Santo. A vida do crente tem que estar fundada em Cristo e na Sua Palavra. Ezequiel 47 nos fala de níveis: pode-se ficar apenas nas margens, ou entrar apenas até molhar apenas os pés.
Base 3. Verso 7 – A mente é um campo fértil e aí pode nascer todo o tipo de árvore. O crescimento do crente na fé deve considerar os racionalismos impostos pelo mundo. A fé deve vencer, sempre, os argumentos da mente. Humanismo e racionalização sufocam a confiança em Deus. Espinheiros são árvores [ou, arbustos] perigosos e fustigam o conhecimento de Deus. Toda vez que os espinheiros dos argumentos vencem a fé, estamos submetendo o conhecimento de Deus a um nível menor do que o conhecimento do mundo.
As outras duas bases terão como referência Romanos 12:1-2 e Daniel 11:32
Base 4. Romanos 12:1-2 – O mundo tem um padrão incompatível com a nova dia em Cristo. Usar o padrão do mundo é rebaixar o padrão de Deus. Um crente vivendo debaixo do padrão do mundo é como uma pessoa, no inverno, dormindo com o cobertor mais curto; sempre haverá uma área sem cobertura.
Base 5. – Daniel 11:32 – O crente que conhece o seu Deus permanecerá forte. Quanto mais se conhece a Deus, tanto mais se resiste ao Diabo [e ele fugirá]. A força do nosso braço, a constância da nossa fé, a conquista dos obstáculos e tudo o mais, depende do nível de conhecimento de Deus. Só se pode entregar o próprio caminho a um Deus conhecido. Só se pode buscar com prioridade um Reino de um Deus conhecido. O crente que desconfia de Deus não confia em ninguém e passará a confiar mais em si mesmo.


A Experiência de Josafá
Consideração 1. II Crônicas 17:5 - Josafá era rei em Israel, em tempos de paz
Esta é uma posição na qual a nova vida com Cristo deve nos levar a estar; não como cauda, mas como cabeça, conforme Deuteronômio 28:13.
Em II Timóteo 2:12 lemos que ‘se perseverarmos, com Ele também reinaremos; se o negarmos, também Ele nos negará’.
Em Efésios 2:6: ‘e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes, em Cristo Jesus
Em Lucas 10:19 lemos: ‘Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum.’
Em II Timóteo 1:7: ‘Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.’
Deus nos chamou para o governo. Quando fez o homem, no Jardim do Édem, o fez para governar sobre todas as coisas. O pecado submeteu o homem, mas o sacrifício de Jesus aconteceu para que houvesse o restabelecimento desse governo.
Governar em tempos de paz é tão difícil quanto em tempos de guerra. No tempo em que ‘nada’ acontece, o comodismo, a falta de busca por novos desafios, a aceitação das pequenas alterações da normalidade como algo natural. Em tempos de paz tem que ser mantida a atenção em Deus e a fidelidade ao Senhor.
Consideração 2. II Crônicas 20:1 - Josafá era rei em Israel, em tempos de guerra
A notícia de uma invasão mexeu com o emocional deste homem. Ele e o povo tiveram medo [verso 15]. É natural que se tenham os sentimentos. Mas, a posição real não pode ser negociada.
Há homens [e mulheres] que reinam na paz. Precisamos reinar também na guerra. Começar a governar os sentimentos e os pensamentos. O Rei Davi, no Salmos 108, declarou: ‘firme está o meu coração, ó Deus’.
Precisa-se da paz interna, a paz de Cristo [Filipenses 4:7] para que a guerra que vem do exterior não nos amedronte. A paz de Cristo mantém a mente e os sentimentos intactos.
A arma de Deus para o dia mal é a ‘Armadura de Deus’ [Efésios 10:13]. É com essa armadura que o crente vence o dia mal, faz o que tem que ser feito e, ao final, permanece inabalável.
O Salmista, em função do pecado, perdeu toda a sua estabilidade interna, por isso se sentiu solitário, sem Deus e abandonado. Em sua oração ele clamou para que Deus renovasse, dentro dele, um espírito estável. É esse espírito estável de que tanto precisamos para as vitórias do nosso dia a dia. Vide Salmos 51.


Consideração 3. II Crônicas 20:3 - Josafá consultou o Senhor
Muitas vezes achamos que Deus está longe. Em que negócios, Deus tem estado na vida do crente? Em que negócios, crentes acham que Deus pode ficar de fora? Consultar a Deus implica em estar disposto a fazer a vontade de Deus. Temos que saber a vontade de Deus para cada área da nossa vida.
Muitas vezes anda-se por caminhos que não são os caminhos de Deus para nós [‘Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte’. Provérbios 14:12].
Muitas vezes decide-se pelos sinais que o coração emite, e quebra-se a cara [‘Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer. Jeremias 17:9]. ‘Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida’. Provérbios 4:23.
Há consultas que se faz ao coração [ou, à mente], outras que se fazem às pessoas, outras que se entregam à sorte. Mas, a resposta certa vem do Senhor.
Consideração 4. II Crônicas 20:17b - Josafá obedeceu o Senhor
A palavra de Deus para Josafá foi: ‘Tomem suas posições, permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, ó Judá, ó Jerusalém.’
Estar assentados na regiões celestes [Efésios 2:6] é estar descansando onde a luta está acontecendo [Efésios 6:12]. A sabedoria de Deus se manifestará, através da igreja, nas regiões celestes.
Uma igreja bem posicionada, confiada no Senhor, vendo a mão de Deus se mover, manifestará as proezas do Todo-Poderoso.
Guardamos uma cidade, começando por guardar o nosso coração e por vencer todas as guerras internas, permanecendo inabaláveis, firmes.

Convertendo o Nosso Coração ao Irmão



‘e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.’
Malaquias 4:6


A última palavra do Antigo Testamento é MALDIÇÃO, conforme Malaquias 4:6.
As primeiras palavras do Novo Testamento falam da genealogia de Jesus.
A vinda de Jesus estabelece uma linha divisória entre duas histórias.
O Antigo Testamento se encerra com o homem vivendo num total afastamento de Deus. Os sacrifícios já não eram mais aceitos. Vide textos abaixo:
Isaías 1:4 – ‘Ah, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás.’
Isaías 1:13 – ‘Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembléias... não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento solene!’
Isaías 1:15 – ‘Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, nãs as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias se sangue.’
Ao inaugurar a ‘era da Graça’, a Palavra de Deus lança sobre nós a genealogia de Jesus como indicativo de uma nova história. O Senhor nos oferece, então, em Jesus, a oportunidade de uma nova história, uma nova genealogia, uma nova geração. Isto nos fala de novo nascimento.
Assim, a nossa vida humana, secular, decorre do ‘nascimento da carne’ [vide João 3:6]. A vida debaixo da influência carnal, adâmica, nos aprisiona na lei, nos lança nos argumentos dos sacrifícios de animais, que são insuficientes por causa na nossa rebelião herdada de Adão e de Eva.
A maldição tem que ser cessada. O faz cessar a maldição é a ‘conversão do nosso coração’, conforme Malaquias 4:6. Só poderemos ter comunhão com pais, com filhos e com irmãos se experimentarmos a conversão do nosso coração.
João exprime essa idéia da conversão do nosso coração de uma forma muito prática. Ele diz que a conversão que produz comunhão entre nós é ANDAR NA LUZ. ‘E, se andarmos na luz como na luz Ele está, temos comunhão uns com os outros...’.
Não é possível haver comunhão entre luz e trevas. Podemos até misturar um pouco de água suja com água limpa, mas nunca mais teremos a mesma água limpa. Mas, não podemos misturar luz com trevas. Esses dois elementos são mutuamente excludentes. Um rejeita o outro, um mata o outro.
Em II Coríntios 6:14, o apóstolo Paulo nos faz uma pergunta: ‘que comunhão há entre a luz e as trevas?’. Toda vez que um irmão em trevas tentar se associação com um irmão em luz, um dos dois será influenciado.
Sempre um irmão em trevas, desde que não tenha um coração disposto ao arrependimento, tentará contaminar e levar à morte um irmão em luz. Toda vez que buscamos convencer a outrem que o pastor está equivocado, que o irmão fulano ou sicrano são maus, toda vez que buscarmos a adesão de outros aos nossos pensamentos rebeldes, estamos sendo usados pelo Diabo e disseminamos as trevas, espalhamos as nossas trevas.
O irmão em luz é aquele que ensina o caminho, que consola, que fortalece, que anima e que está sempre pronto a tirar o outro do pântano da dor, da angústia e do pecado. O irmão em luz é aquele que está sempre disposto a renunciar aos seus próprios argumentos em favor da vitória da VIDA e da PAZ. O irmão em luz é aquele que abre mão da sua vontade, para que a vontade de Deus se estabeleça. O irmão em luz constrói, edifica, conclui a obra e guarda a fé.
O que separa a palavra MALDIÇÃO, do livro de Malaquias, da GENEALOGIA DE JESUS, na NOVA GERAÇÃO, da NOVA HISTÓRIA, é apenas uma página. Isto simboliza que temos que dar apenas um passo. A conversão depende apenas de um passo.
É bem verdade que a conversão envolve mudança de vida, e isso envolve abrir mão do orgulho e da arrogância do nosso homem interior marcado pelo Éden. Temos que renunciar a essa herança adâmica que nos prende em nossos argumentos. Temos que matar a egolatria e nos tornar Cristocêntricos, deixando Jesus ocupar a posição central da nossa realidade humana.
Deus quer nos dar um coração convertido a Ele, aos nossos pais, aos nossos filhos e aos nossos irmãos. Ele que nos dar um coração novo, capaz de nos levar a contar um novo tempo, um tempo livre das maldições. A genealogia de Jesus pode ser a nossa genealogia, a contagem de um tempo de conquistas.
Em Ezequiel 36:26-28 lemos:
26 – ‘Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.’
27 – ‘Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.’
28 – ‘E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.’

Convertendo o Nosso Coração ao Pai e...

... Convertendo o nosso coração ao Irmão


Parábola do Filho Pródigo
Lucas 15:11-32


O texto nos fala de um pai que reparte entre seus filhos os haveres, a parte que lhes cabe. Ambos receberam a sua parte na herança. Fala também da capacidade do Pai [Igreja] de repartir.
Não se tratam de duas histórias – a historia do filho que saiu de casa e a história do filho que ficou em casa – mas, da nossa história, da história do nosso interior doente, fragilizado por heranças e por um jeito de viver estranho aos propósitos de Deus.
Quantas vezes nós estamos num determinado ponto da nossa vida e com o nosso coração preso numa terra distante. Temos um Pai Maravilhoso, temos o maná diário, o pão diário, temos uma família abençoada, mas ainda vivemos suspirando por uma terra distante, distante na geografia ou distante no passado.
A insatisfação tem tirado vidas de onde Deus as colocou e levado para terras distantes. A terra distante, caracterizada na parábola, é Terra de Porcos. Muitos saem do coletivo, da família, do grupo no qual Deus o colocou, preferindo a solidão, numa Terra de Porcos.
O egoísmo diz assim: ‘Eu é que não sou bobo como aquele meu irmão. Vou viver a minha vida, já sou maduro, posso conhecer um mundo melhor, sairei dessa vidinha da casa do meu pai, tenho com dinheiro no bolso’. Muitas vezes o orgulho e a arrogância nos lançam para aventuras e nos arranca da trajetória da benção.
Nenhum Melhor Lugar fora da vontade de Deus é melhor do que o Pior Lugar dentro da vontade de Deus.
Um dos contrários do amor é o DESPREZO e, quando julgamos que nosso caminho é melhor do que o dos outros, nos colocamos acima, inflamos nosso ego e colocamos todas as demais pessoas abaixo de nós.
Isso vale, tanto para o filho que saiu da casa, do propósito [aquele meu irmão é um bobo, covarde, medroso, vai ficar ali a vida inteira], quanto para o filho que ficou na casa [que irmão inconseqüente, vai ‘quebrar a cara’, vai ver o que é bom ‘prá tosse’].
Toda vez que julgamos nosso modelo de vida melhor do que o de todas as outras pessoas, nos tornamos juízes dos outros e passamos a colocar uma trava em nossa consciência. Como o fariseu orava? Lucas 18:11-12.
Na Terra de Porcos as coisas são mais caras, o dinheiro acaba mais cedo, as coisas não vem de graça. O mundo é mau, as pessoas vendem a sua alma ao Diabo.
Na Terra de Porcos dá vontade de comer a comida dos porcos. Diz a palavra [Lucas 15:16] que ‘ninguém lhe dava nada’. Há momentos em que ninguém nos dá nada. Os céus se fecham, as coisas começam a dar errado, os olhos ficam cegos.
Pior do ninguém nos dar nada é que ninguém dá nada por nós. Muitos têm sido tratados com desdém. Dizem assim: -quem é você? As coisas ficam mais duras quando nem nós mesmos já não nos conhecemos mais.
A doença da alma não ocorre apenas quando nos sentimos piores dos os outros. Muitas vezes nos sentimos melhores dos os outros. Vamos deixar esta questão para outro dia.
Esse sentimento de desconhecimento de nós mesmos não ocorre só com aquele que se aventura em outras experiências. O irmão que ficou também não conhecia o seu coração.
Há pessoas que não vão para a Terra de Porcos, mas trazem essa Terra para dentro do seu coração. Há muitas manifestações humanas, sentimentos e atitudes, que nos mostram o quanto temos que mudar.
O irmão que ficou também recebeu a herança, mas soube como utilizá-la. Passou a viver com um sentimento de superioridade e passou a se achar mais digno das coisas do Pai.
Muitas vezes permitimos sentimentos, em relação ao nosso irmão, que anulam o amor, o perdão e a misericórdia.
O que muito ama, sempre advoga a causa do irmão.
O coração doente, cheio dos princípios da Terra dos Porcos, nos torna juízes dos nossos irmãos, seus acusadores.
O coração doente não está acostuma com festas [Lucas 15:25-26].
O coração doente não sabe usar de compaixão nem de misericórdia, e é orgulhoso [Lucas 15:28].
O coração doente é cheio de justiça própria e faz de nós melhores do que os outros. Sempre nos achamos injustiçados e cheios de complexo de inferioridade [Lucas 15:29].
O coração doente dá mais valor às coisas do que às pessoas [Lucas 15:30].
Mas, há uma resposta, tanto para aquele que passa a viver numa Terra de Porcos, quanto para aquele que tem a Terra de Porcos dentro de si mesmo: Há um Pai que diz: -tudo o que meu é teu.
E o Pai diz ainda hoje: - você foi achado, tanto você, como o seu irmão. Hoje é o dia da reconciliação. Regozijemo-nos.

Forjando o Caráter do Líder Vencedor

‘Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas’ [Isaías 54:2]
Estarei tomando o texto veiculado pela última revista Comunhão, à venda na banca do Cléber e em outras.
Vivemos um tempo em que a competência está sendo testada todo o tempo. Jovens são estimulados a investirem suas vidas nos bancos das instituições de ensino, e a busca pelo conhecimento torna o mercado cada vez mais competitivo. Muitas pressões têm assediado as pessoas em seus diversos grupos sociais, e precisamos experimentar uma transformação interna, capaz de forjar em nós o caráter da vitória.
Esse caráter renovado deve vir como resposta aos sentimentos de inferioridade, insegurança, entre outros, e ser eficaz na tomada de decisões que levem as pessoas ao alcance de suas metas. Destaco alguns pontos da experiência de Elias, o profeta, conforme I Reis 17, acerca do líder vencedor:
É sujeito às pressões desta vida - Em Mateus 5:45, lemos que Deus faz nascer chuvas sobre justos e injustos. Estamos expostos às pressões e circunstâncias do dia-a-dia. Elas não podem paralisar a nossa ação, nem podemos, em nome das lutas cotidianas, sacrificar nossos relacionamentos interpessoais. Enfim, pressões e circunstâncias adversas, ao contrário de nos anular, devem estimular as ações positivas para conquistas.
Ouve a voz de Deus – O Senhor sempre coloca uma Rua Direita como resposta às nossas cegueiras. Faço alusão do texto de Atos 9, quando Saulo de Tarso, após ficar cego, foi orientado por Deus a ir a um determinado endereço, para receber cura. Se aceitarmos a prostração e a paralisia da alma, jamais seremos curados. O Filho Pródigo (vide Lucas 15) fez uma declaração definitiva: “me levantarei, irei ter com o meu Pai etc.” Então, ele fez aquilo que se propôs fazer. Tanto Saulo quanto o Filho Pródigo só obtiveram vitórias após terem ouvido a voz de Deus.
Entra no centro da vontade de Deus - A história da humanidade está repleta de homens que obtiveram grandes êxitos após muitas dores e perdas. Jesus, momentos antes de sua morte, não queria beber do cálice, mas obteve vitória após ter obedecido à vontade de Deus, contra a sua própria vontade. A fé do líder se faz conhecida por sua determinação em confrontar a si mesmo e por considerar que Deus tem sempre a melhor solução.
É sustentado continuamente - O povo hebreu, ao peregrinar pelo deserto, comeu do maná por 40 anos, e não morreu de fome (veja Êxodo 16 e Números 11). O que consumiu o povo no deserto não foi dificuldade alimentar, mas a sua rebeldia. O coração humano é enganoso e sempre tentará atrair a sua atenção, traindo sua vontade. Se crermos no que Deus pode fazer por nós e descansarmos, então viveremos sustentados por Ele e venceremos as batalhas diárias. Muitos têm sido destruídos pela falta de conhecimento (Oséias 4:6). Muitos dos fracassos não decorrem de um coração perverso, mas do desconhecimento acerca do caráter de Deus e da Sua Palavra.
Libera palavras de vida – Em Provérbios, lemos que as palavras devem ser como maçãs de prata (Provérbios 25:11). Isso nos fala do poder curador das palavras proferidas. Em Efésios 4:29, lemos que as palavras devem ser usadas para o bem. As palavras do líder vencedor promovem cura e não dor, alegria e não tristeza, soluções e não dúvidas, coragem e não desânimo. Nossa geração não precisa de motivações que venham de drogas, álcool, sexo ilícito ou de outras formas de satisfação, e sim daquelas que venham da transformação do homem interior, que confia num Deus vivo e capaz de materializar as suas maravilhosas promessas de uma vida vencedora.
Em amor!

Igreja - O Remanescente Fiel

‘Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas’ [Isaías 54:2]
Nesta semana falaremos do remanescente.
O remanescente é aquele que sobre, o que ficou por último, o que restou. A palavra remanescente, no sentido bíblico, diz respeito àquele se manteve fiel.
O Senhor está sustentando um remanescente fiel. É desejo do Senhor que a igreja seja esse remanescente que ficou, que mantém a fidelidade, que paga um preço para sustentar a sua fé e o seu relacionamento com Ele.
O remanescente não se entrega ante o grande sofrimento e a humilhação – Em Neemias 1:2 e 3 lemos da notícia que Neemias, copeiro do rei, recebeu acerca dos que haviam ficado em Jerusalém, uma cidade destruída, com suas muralhas cheias de brechas e suas portas queimadas à fogo. Neemias então pergunta pelos que restaram. Como resposta obtém um estão lá. Amados, onde temos estado quando nos sobrevém o sofrimento e a humilhação? Para onde temos ido? O Senhor repete por várias vezes no livro de Amós: Não se voltaram para mim [Amós, cap. 4].
O remanescente não se corrompe mesmo quando está sujeito à escravidão, condições injustas de trabalho Em II Reis 5:2-3 lemos da menina que foi levada cativa. Não se perdeu em sua fé mesmo estando em condições adversas. Então disse [profetizou] à sua senhora. Este é um exemplo para muitos jovens e adultos para que não se afastem dos propósitos.
O remanescente fiel não se esquece do poder de Deus mesmo quando está longe de sua família – A mesma menina de II Reis 5, havia sido raptada de sua casa. Quantos têm murmurado, reclamado a distância de família, amigos, abandono etc. É tempo de ajustar nossa alma e não abandonar a confiança num Deus poderoso.
O remanescente não se envaidece, nem se considera superior aos outros, nem corrompe os bons princípios – José do Egito foi considerado um jovem atraente. A beleza desse homem era externa, mas também era interna. As pessoas eram atraídas por sua inteligência e por seu relacionamento com Deus [Gênesis 39:6-11]. Quando assediado por sua senhora, para que mantivesse um relacionamento de amor com ela, ele se recusou a deitar-se com ela. Diz a Palavra de Deus que ele fugiu de sua presença. Amado, fuja da presença do pecado.
O remanescente fiel não trai. Nem a si mesmo, nem aos seus companheiros, nem a Deus – Em Daniel 1:8-15 lemos da postura de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abedenego sobre o seu desejo de se manterem puros, de não se contaminarem com os manjares de um povo profano. Por sua fidelidade se tornaram mais saudáveis que os demais jovens.
Em Romanos 11:4-5, o apóstolo Paulo nos faz lembrar de quem nós, como igreja, somos no Senhor. Somos o remanescente que ficou para glorificar o nome do Todo-Poderoso. Somos os que foram levantados para fazer a diferença em meio a uma geração perdida.
Lemos em Miquéias 5:7-9: ‘O remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos como orvalho da parte do Senhor, como aguaceiro sobre a relva; não porá sua esperança no homem nem dependerá dos seres humanos. O remanescente de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais da floresta, como um leão forte entre rebanhos de ovelhas, leão que, quando ataca, destroça e mutila a presa, sem que ninguém a possa livrar. Sua mão se levantará contra os seus adversários, e todos os seus inimigos serão destruídos’.
Sejamos nós esse remanescente fiel, para a Glória do Senhor.
Em amor!

Bem-Aventurado o Pacificador

[adaptado de texto da Comunidade S8, Rio de Janeiro]
‘Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas’ [Isaías 54:2]
Mateus 5:9 – ‘Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus’.
Pacificadores são as pessoas que promovem a paz no meio em que vivem. O homem natural pode experimentar momentos de paz, mas não conhece a verdadeira paz, que procede do interior e é duradoura.
A Bíblia diz que os ímpios não têm paz. Isaías 57:21. O homem afastado de Deus [ímpios] pode desejar a paz na terra, porém, enquanto não houver paz interior, seus esforços em alcançá-la serão frustrados.
O que é paz? Seria a ausência de guerra? O mundo está em guerra! O Sermão Profético prenuncia guerras para o final dos tempos. Mateus 24:6. Guerra em disputa pela Caxemira, Guerra no Iraque, Conflitos com a Coréia do Norte por causa da bomba nuclear, conflitos na Colômbia, Crise da Bolívia, Conflito entre árabes e israelenses, tensão entre a China e o Japão, crises em muitas nações africanas, demonstram a falência das lideranças, a falibilidade dos governos e a fragilidade da paz da terra.
Mas, de onde nascem as guerras? Vide Tiago 4:1-3. A Bíblia diz que as guerras se originam na ambição, cobiça e inveja que existe entre os homens; e, afirma que todos têm a guerra dentro de si, por causa da natureza pecaminosa que o homem possui desde que nasce. Romanos 7:21 e 23, Gálatas 5:17 e I Pedro 2:11.
O atual conflito no Oriente Médio, reflete a progressão da luta entre os irmãos Isaque e Ismael, filhos de Abraão. Ismael, o filho da escrava, é o pai dos árabes; Isaque, o filho da promessa, é o pai de Israel. Isaque é fruto de milagre pois nasceu de Sara, que era estéril e, pela idade não poderia ter mais filhos. Gênesis 18:11-14, Hebreus 11:9-12 e Gálatas 4:21-31.
A inimizade existe entre os animais e entre os homens. É Resultado da maldição da terra porque o homem escolher viver separado de Deus. É a conseqüência do pecado da desobediência. Deus disse que haveria inimizade entre a semente do animal e a descendência do homem. Não porque Deus quisesse assim, mas porque o homem escolheu, deliberadamente. Gênesis 3:14 a 18.
A competição entre as pessoas está sempre presente, em todos os lugares, na família, no trabalho, entre os amigos, entre casais e, causa separação. Também o ciúme, a inveja, a ambição, provocam atritos e ódio. Os inimigos do homem são seus próprios familiares. Miquéias 7:5-6.
Jesus é o príncipe da paz. O profeta Isaías disse, setecentos anos antes do nascimento de Jesus: O seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6.
Quando Jesus nasceu, os anjos cantaram: Paz na terra e boa vontade para com os homens. Lucas 2:14. Note-se que não se fala em homens de boa vontade como querem alguns, mas de Paz e Boa Vontade de Deus para com os homens.
Mais tarde, quando Jesus pregava, dizia: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. João 14:27.
Na cruz, Jesus se fez maldição por nós, eliminando ali a maldição do homem. Uma das obras realizadas por Cristo, na cruz, foi desfazer as inimizades e fazer a paz. Efésios 2:14 a 17.
Compreender e aceitar essa verdade nos fará alcançar o real significado de paz. Não como algo exterior a ser trabalhado, mas um estado interior a ser recebido de Deus, para depois transbordar, independentemente das circunstâncias exteriores [boas ou más].
O pacificador é aquele que alcançou a paz. Por isso pode promover a paz, onde quer que vá. Nada poderá perturbá-lo porque seus pés estão calçados com o evangelho da paz. Efésios 6:15.
Ser pacificador significa alcançar paz com Deus [reconciliação], paz com os homens [comunhão] e paz consigo mesmo [segurança].

Em amor!

Conhecendo o Homem

[adaptado de ‘A Nova Vida em Cristo’]
‘Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas’ [Isaías 54:2]
Vivemos numa época em que teorias são propostas visando explicar a origem da natureza do homem. É importante que se conheça o ensino bíblico a respeito do ser humano. Pela Bíblia encontramos respostas do próprio Deus sobre a origem, a natureza e a finalidade da existência do homem sobre a face da terra.
A origem do homem – os dois primeiros capítulos de Gênesis fornecem a descrição bíblica sobre este assunto.
O homem é uma criatura [Gênesis 2:7] – o fato de o homem ter sido formado do pó da terra, por Deus, caracteriza bem a sua existência como criatura e, ao mesmo tempo, o adverte quanto à fraqueza e à mortalidade do ser humano. O homem é dependente do seu Criador.
O homem é a mais elevada de todas as criatura [Gênesis 1:26 a 29 e 2:7] – Compare a criação dos animais e das plantas com a do homem e responda : Que diferenças se pode notar entre a criação do homem e a das outras coisas? O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
O homem é um ser inteligente [Gênesis 2:16-20] – Faça uma lista das atribuições dadas ao homem que o caracterizariam como ser inteligente.
O homem é um ser moral [Gênesis 2:15-17 e 3:1-15] – Deus fez o homem como ser responsável, com liberdade de escolha. Podia governar, podia fazer escolhas, pecou, compreendeu sua perdição, fugiu de sua responsabilidade etc. Sempre haverá uma pergunta de Deus ao homem: Onde estás?
O homem, como criado por Deus, é bom [Gênesis 1:31] – Apesar de ter sido desfigurado pelo pecado, quando Deus fez o homem, olhou a criação e diz a Palavra: ‘viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...’. Deus pode reabilitar o homem, pela regeneração e conversão, através de Jesus.
A relação do homem com Deus
O homem depende de Deus – Leituras: Mateus 6:26-30, 10:28, Atos 17:25-30. O homem, como um tudo, pertence a Deus. Sua existência, como ser livre, inteligente e responsável, deve-se única e exclusivamente a Deus. De que modo você tem usado os atributos da liberdade concedidos por Deus?
O homem se recusa em reconhecer sua relação com Deus – [Romanos 1:18-32, João 3:3-6 e I Coríntios 2:14] – O homem sente necessidade de filiação com Deus e comunhão com o próximo, mas não consegue alcançar essa finalidade por si mesmo devido a operação do pecado que tem pervertido a sua natureza.
O homem natural está perdido – [Isaías53:6, Lucas 19:10 e João 3:16] – Uma pessoa não convertida é uma pessoa confusa e frustrada. Sua vida está dividida, vive sobre um falso senso de valores e se entre a coisas sem significado. Efésios 2:1-3
Há salvação em Jesus Cristo – João 3:3, II Coríntios 5:17-18 – Através de Jesus o homem pode tornar-se integrante de uma nova criação. Jesus veio para salvar e reconciliar o homem com Deus. Através de Jesus somos feitos membros da família de Deus.
Para Pensar:
Em Jesus, você pode se tornar um novo ser – Efésios 2:15
A nova vida em Cristo é uma realidade para ser experimentada todos os dias. Cristo deseja que você viva abundantemente – João 10:10
Os princípios e valores que orientam a nova vida em Cristo são diferentes dos valores do mundo presente – Colossenses 3:1-15
Veja em João 1:12 como se dá o acesso à família de Deus.
Em amor!

Conhecendo a Bíblia

[extraído de ‘A Nova Vida em Cristo’]
‘Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas’ [Isaías 54:2]
Gostaria de compartilhar esta meditação para brindar aos mais novos na fé sobre o mais maravilhoso livro de todos os tempos: a Bíblia Sagrada.
O termo Bíblia vem do grego e significa Livros. São 66 livros no total, sendo que 39 deles compõem o Antigo Testamento, e 27, o Novo Testamento.
O livro mais antigo, Gênesis, foi escrito há 3400 anos, por Moisés, muito embora setores da teologia considerem que Jô é o livro mais antigo. O livro mais recente foi escrito por João há 1900 anos.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens que foram ‘ajudados’ pelo Espírito Santo e ela não contem a Palavra de Deus, a Bíblia é a Palavra de Deus. [vide II Pedro 1:21].
Em algumas ocasiões o Espírito de Deus disse ao escritor exatamente o que deveria ser escrito, conforme Jeremias 36:2. Em Lucas 1:3 e Apocalipse1:1-11, percebe-se que o escritor foi guiado a buscar e a instruir-se, através do Espírito Santo, de tudo que deveria escrever. Assim, vemos que Deus agiu de várias maneiras no processo de inspiração do homem.
Vejamos algumas evidências para quem ainda não tem a certeza de que foi o Espírito de Deus quem auxiliou os homens:
1. Os próprios autores declararam que escreveram por revelação divina – vide Gálatas 1:11-12 e II Timóteo 3:16
2. Os livros da Bíblia formam uma unidade – Cerca de 40 homens escreveram em épocas, locais e situações distintas uns dos outros. Exerciam papéis sociais muito diferentes: Amós era pastor de gado, Davi era rei, Lucas era médico, Paulo, oficial romano; João e Pedro eram pescadores. Mas, todos escreveram harmonicamente cada palavra.
3. A Bíblia contem verdades que os homens não poderiam ter descoberto por si mesmos – Ninguém poderia ter escrito sobre a criação do universo, sem que Deus o tivesse revelado. Sabemos, através da história, que certos fatos aconteceram. Mas, ao lermos a Bíblia, verificamos que vários desses acontecimentos foram profetizados muitos anos antes [vide Lucas 4:21].
Como tirar melhor proveito do estudo da Bíblia – É bom ter um horário e lugar definidos para estudar a Palavra de Deus. Mas, procure observar esses princípios, ao estudar a Bíblia:
Leia um versículo, localizando-o no seu contexto, isto é, os versos que lhe antecedem ou sucedem;
Escreva-o com as suas próprias palavras, meditando no que aprendeu com esse versículo;
Procure destacar as palavras mais importantes do versículo e, em seguida, compreender o seu significado;
Faça uma aplicação pessoal e imediata da verdade contida no versículo em estudo. Continue lendo e estudando sempre a Palavra de Deus! Não se esqueça de que a Bíblia é viva, porque fala de um Deus vivo [Hebreus 4:12]. O caráter dinâmico da Bíblia reflete-se na firmeza com que fala das necessidades específicas de cada indivíduo, em qualquer época da história.
Assim estão distribuídos os livros da Bíblia:
Antigo Testamento
5 livros de Leis: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio
12 livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester
5 livros Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares
5 Livros de Profetas ‘Maiores’: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel
12 livros de Profetas ‘Menores’: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias
Novo Testamento
4 livros de Biografia: Mateus, Marcos, Lucas e João
1 livro de História: Atos dos Apóstolos
13 livros com as Cartas de Paulo: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon
8 livros de Cartas Gerais: Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas
1 livro de Profecia: Apocalipse
Aproveite bem a leitura da Palavra de Deus.
Em amor!