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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Convertendo o Nosso Coração ao Pai e...

... Convertendo o nosso coração ao Irmão


Parábola do Filho Pródigo
Lucas 15:11-32


O texto nos fala de um pai que reparte entre seus filhos os haveres, a parte que lhes cabe. Ambos receberam a sua parte na herança. Fala também da capacidade do Pai [Igreja] de repartir.
Não se tratam de duas histórias – a historia do filho que saiu de casa e a história do filho que ficou em casa – mas, da nossa história, da história do nosso interior doente, fragilizado por heranças e por um jeito de viver estranho aos propósitos de Deus.
Quantas vezes nós estamos num determinado ponto da nossa vida e com o nosso coração preso numa terra distante. Temos um Pai Maravilhoso, temos o maná diário, o pão diário, temos uma família abençoada, mas ainda vivemos suspirando por uma terra distante, distante na geografia ou distante no passado.
A insatisfação tem tirado vidas de onde Deus as colocou e levado para terras distantes. A terra distante, caracterizada na parábola, é Terra de Porcos. Muitos saem do coletivo, da família, do grupo no qual Deus o colocou, preferindo a solidão, numa Terra de Porcos.
O egoísmo diz assim: ‘Eu é que não sou bobo como aquele meu irmão. Vou viver a minha vida, já sou maduro, posso conhecer um mundo melhor, sairei dessa vidinha da casa do meu pai, tenho com dinheiro no bolso’. Muitas vezes o orgulho e a arrogância nos lançam para aventuras e nos arranca da trajetória da benção.
Nenhum Melhor Lugar fora da vontade de Deus é melhor do que o Pior Lugar dentro da vontade de Deus.
Um dos contrários do amor é o DESPREZO e, quando julgamos que nosso caminho é melhor do que o dos outros, nos colocamos acima, inflamos nosso ego e colocamos todas as demais pessoas abaixo de nós.
Isso vale, tanto para o filho que saiu da casa, do propósito [aquele meu irmão é um bobo, covarde, medroso, vai ficar ali a vida inteira], quanto para o filho que ficou na casa [que irmão inconseqüente, vai ‘quebrar a cara’, vai ver o que é bom ‘prá tosse’].
Toda vez que julgamos nosso modelo de vida melhor do que o de todas as outras pessoas, nos tornamos juízes dos outros e passamos a colocar uma trava em nossa consciência. Como o fariseu orava? Lucas 18:11-12.
Na Terra de Porcos as coisas são mais caras, o dinheiro acaba mais cedo, as coisas não vem de graça. O mundo é mau, as pessoas vendem a sua alma ao Diabo.
Na Terra de Porcos dá vontade de comer a comida dos porcos. Diz a palavra [Lucas 15:16] que ‘ninguém lhe dava nada’. Há momentos em que ninguém nos dá nada. Os céus se fecham, as coisas começam a dar errado, os olhos ficam cegos.
Pior do ninguém nos dar nada é que ninguém dá nada por nós. Muitos têm sido tratados com desdém. Dizem assim: -quem é você? As coisas ficam mais duras quando nem nós mesmos já não nos conhecemos mais.
A doença da alma não ocorre apenas quando nos sentimos piores dos os outros. Muitas vezes nos sentimos melhores dos os outros. Vamos deixar esta questão para outro dia.
Esse sentimento de desconhecimento de nós mesmos não ocorre só com aquele que se aventura em outras experiências. O irmão que ficou também não conhecia o seu coração.
Há pessoas que não vão para a Terra de Porcos, mas trazem essa Terra para dentro do seu coração. Há muitas manifestações humanas, sentimentos e atitudes, que nos mostram o quanto temos que mudar.
O irmão que ficou também recebeu a herança, mas soube como utilizá-la. Passou a viver com um sentimento de superioridade e passou a se achar mais digno das coisas do Pai.
Muitas vezes permitimos sentimentos, em relação ao nosso irmão, que anulam o amor, o perdão e a misericórdia.
O que muito ama, sempre advoga a causa do irmão.
O coração doente, cheio dos princípios da Terra dos Porcos, nos torna juízes dos nossos irmãos, seus acusadores.
O coração doente não está acostuma com festas [Lucas 15:25-26].
O coração doente não sabe usar de compaixão nem de misericórdia, e é orgulhoso [Lucas 15:28].
O coração doente é cheio de justiça própria e faz de nós melhores do que os outros. Sempre nos achamos injustiçados e cheios de complexo de inferioridade [Lucas 15:29].
O coração doente dá mais valor às coisas do que às pessoas [Lucas 15:30].
Mas, há uma resposta, tanto para aquele que passa a viver numa Terra de Porcos, quanto para aquele que tem a Terra de Porcos dentro de si mesmo: Há um Pai que diz: -tudo o que meu é teu.
E o Pai diz ainda hoje: - você foi achado, tanto você, como o seu irmão. Hoje é o dia da reconciliação. Regozijemo-nos.

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