‘e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.’
Malaquias 4:6
A última palavra do Antigo Testamento é MALDIÇÃO, conforme Malaquias 4:6.
As primeiras palavras do Novo Testamento falam da genealogia de Jesus.
A vinda de Jesus estabelece uma linha divisória entre duas histórias.
O Antigo Testamento se encerra com o homem vivendo num total afastamento de Deus. Os sacrifícios já não eram mais aceitos. Vide textos abaixo:
Isaías 1:4 – ‘Ah, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás.’
Isaías 1:13 – ‘Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembléias... não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento solene!’
Isaías 1:15 – ‘Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, nãs as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias se sangue.’
Ao inaugurar a ‘era da Graça’, a Palavra de Deus lança sobre nós a genealogia de Jesus como indicativo de uma nova história. O Senhor nos oferece, então, em Jesus, a oportunidade de uma nova história, uma nova genealogia, uma nova geração. Isto nos fala de novo nascimento.
Assim, a nossa vida humana, secular, decorre do ‘nascimento da carne’ [vide João 3:6]. A vida debaixo da influência carnal, adâmica, nos aprisiona na lei, nos lança nos argumentos dos sacrifícios de animais, que são insuficientes por causa na nossa rebelião herdada de Adão e de Eva.
A maldição tem que ser cessada. O faz cessar a maldição é a ‘conversão do nosso coração’, conforme Malaquias 4:6. Só poderemos ter comunhão com pais, com filhos e com irmãos se experimentarmos a conversão do nosso coração.
João exprime essa idéia da conversão do nosso coração de uma forma muito prática. Ele diz que a conversão que produz comunhão entre nós é ANDAR NA LUZ. ‘E, se andarmos na luz como na luz Ele está, temos comunhão uns com os outros...’.
Não é possível haver comunhão entre luz e trevas. Podemos até misturar um pouco de água suja com água limpa, mas nunca mais teremos a mesma água limpa. Mas, não podemos misturar luz com trevas. Esses dois elementos são mutuamente excludentes. Um rejeita o outro, um mata o outro.
Sempre um irmão em trevas, desde que não tenha um coração disposto ao arrependimento, tentará contaminar e levar à morte um irmão em luz. Toda vez que buscamos convencer a outrem que o pastor está equivocado, que o irmão fulano ou sicrano são maus, toda vez que buscarmos a adesão de outros aos nossos pensamentos rebeldes, estamos sendo usados pelo Diabo e disseminamos as trevas, espalhamos as nossas trevas.
O irmão em luz é aquele que ensina o caminho, que consola, que fortalece, que anima e que está sempre pronto a tirar o outro do pântano da dor, da angústia e do pecado. O irmão em luz é aquele que está sempre disposto a renunciar aos seus próprios argumentos em favor da vitória da VIDA e da PAZ. O irmão em luz é aquele que abre mão da sua vontade, para que a vontade de Deus se estabeleça. O irmão em luz constrói, edifica, conclui a obra e guarda a fé.
O que separa a palavra MALDIÇÃO, do livro de Malaquias, da GENEALOGIA DE JESUS, na NOVA GERAÇÃO, da NOVA HISTÓRIA, é apenas uma página. Isto simboliza que temos que dar apenas um passo. A conversão depende apenas de um passo.
É bem verdade que a conversão envolve mudança de vida, e isso envolve abrir mão do orgulho e da arrogância do nosso homem interior marcado pelo Éden. Temos que renunciar a essa herança adâmica que nos prende em nossos argumentos. Temos que matar a egolatria e nos tornar Cristocêntricos, deixando Jesus ocupar a posição central da nossa realidade humana.
Deus quer nos dar um coração convertido a Ele, aos nossos pais, aos nossos filhos e aos nossos irmãos. Ele que nos dar um coração novo, capaz de nos levar a contar um novo tempo, um tempo livre das maldições. A genealogia de Jesus pode ser a nossa genealogia, a contagem de um tempo de conquistas.
Em Ezequiel 36:26-28 lemos:
26 – ‘Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.’
27 – ‘Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.’
28 – ‘E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.’
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