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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Notas baseadas em Romanos 7.15-25

Não se espantem com a forma que estou utilizando nesta postagem. Está conforme gerei as anotações e sem comentários adicionais, ou seja, está 'in natura'.


Há a Lei de Deus, a Lei do Pecado [nos membros e na carne] e a Lei da Mente. Nos versos 22 e 23, de Romanos 7, encontramos uma 'oposição interna', dentro da mente humana [muitos dizem 'coração do homem'].


Gálatas 5.16-26 - No verso 17 lemos da militância interna, no homem, onde a carne e o Espírito combatem. Se a carne vem, produzimos obras. Se o Espírito vence, produzimos fruto, no singular.


João 3.1-15 - No verso 6 lemos que 'quem é nascido da carne é carne' [tem, portanto, uma mente carnal] e 'quem é nascido do Espírito é espírito' [tem a mente de Cristo]. Ver I Coríntios 2.16.

Quem é governado pela mente carnal fica em conflito permanente conforme Romanos 7. Mas, quem é governado pelo Espírito transfere toda a direção de sua vida para o Espírito. Ver João 3.8.


O legado de Deus ao homem. I Coríntios 2.6-16. No Verso 14 lemos sobre a mente natural e considera loucura a mente de Cristo.


Na mente carnal, QUERER é diferente de EFETUAR [o mesmo conflito de Romanos]. Na mente de Cristo, QUERER e EFETUAR estão debaixo do mesmo comando, ou seja, não há conflito; há paz.


Como devemos guardar a nossa mente carnal e o que devemos produzir a partir dela? Filipenses 4.7-8.


A nosso auto-transformação passa pela renovação da nossa mente. Romanos 12.1-2.


A questão do ODRE e do VINHO. Os Sete Espíritos de Deus [Isaías 11] refletem os atributos de Deus, que Ele quer compartilhar com o homem, seja na Mente [pensamentos], seja no Coração [sentimentos].


Este vinho novo não pode ser contido pela mente carnal, pois esta vai rejeitar [I Coríntios 2.14] e se romper. Mas a mente de Cristo em nós [I Coríntios 2.16] e a nossa mente espiritual e renovada [João 3.6 e Romanos 12.1-2] pode comportar todo o conhecimento e sabedoria divinos.


Como um Deus tão elevado e um homem terreno poderiam conviver e dialogar diariamente de forma tão harmônica, como foi no Jardim do Eden? O homem foi criado segunda a semente do Criador e tinha uma mente adequada à mente de Deus, pois foi criado à imagem e conforme a Sua semelhança.


O lugar em que Adão viveu [há suposições de que tenha ficado isolado numa caverna] o suportou por setecentos anos. Será que Adão ficou tão isolado assim? Será que os seus descendentes não tiveram nenhum nível de curiosidade em relação ao Eden. Penso que Adão se tornou um arauto do CERTO e do ERRADO. Esse homem deve ter se tornado num ótimo conselheiro. Além do mais, sabia do que se passava na mente de Deus; haviam sido íntimos nos tempos do Eden. Quantos não form visitá-los para ouvir o que continha em sua mente 'divina'? Os tempos iniciais da 'inventividade humana' é contemporânea de Adão [Gênesis 11.6]. Foi no seu tempo em que criaram as primeiras tendas [Gn 4.20], os primeiros instrumentos musicais [Gn 4.21], a invenção da metalurgia e da fundição [Gn 4.22] etc. Quanto da mente de Deus em Adão pode influenciar aquelas gerações após ele?


Isaías 55.7-12 - Deixe o iníquo os seus pensamentos. Por que o iníquo deve deixar os seus pensamentos? Por causa da natureza deles. Os pensamentos nascem da mente iníqua que faz daquela pessoa um ser iníqua. Quando esta pessoa renuncia a esta qualidade de mente e se converte ao Senhor [quem é nascido do Espírito é espírito - João 3] ... Deus, então, compartilha os seus pensamentos [mente] elevados com esta pessoa e esta promessa [Isaías 55.11] se cumprirá. E este, que um dia foi iníquo, mas que, agora, tem os pensamentos de Deus...
a. sairá com alegria
b. será guiado em paz
c. será louvado pelos montes e outeiros quando passar
d. será aplaudido pelas árvores do campo
e. o produto do seu trabalho será aperfeiçoado.


Nisso pensai!

O Segredo do Sucesso do Líder

Há um tempo estive meditando sobre o sucesso do líder.


Andei até mesmo rascunhando alguma notas sobre o assunto. Guardei aquelas pequenas considerações até que um dia decidi compartilhar sobre o assunto com um pastor amigo. O pastor João Luis, um angolano com ministério na Africa do Sul estava a serviço do Senhor por nossas bandas.


Da nossa conversa pude prospectar alguns pensamentos daquele homem de Deus. Ele usou Marcos 11.1-9 para considerar alguns fatores de Sucesso. O pastor João Luis destacou do texto que [1] Jesus enviou discípulos para uma tarefa, [2] orientou que achariam um jumentinho preso e [3] orientou que o desprendessem e que o trouxessem para ele.


Daí o nosso amado pastor destacou dez tópicos para nossa reflexão:
1. Primeiramente, devemos ser conhecidos por Deus [Jesus viu o jumento]
2. O nosso chamado
3. Libertação
4. Compromisso; Obediência
5. Escola ministerial [domar o animal antes de usar]
6. Revestimento [cobriram o animal para Jesus montar]. Este é o caráter do servo
7. Levantar a Cristo. Jesus, no jumento, estava num nível mais alto do que nós. Ele é quem foi revelado. O jumento ficou na parte de baixo. Ninguém louvou ao jumento: 'jumentinho! jumentinho!
8. Direção - é Jesus quem está no comando
9. Velocidade - depende da vontade de Deus
10. Prosperidade - andar sobre roupas [isto é consequência]


Assim se concluiu aquele encontro com o pastor João Luis.


Passados alguns dias voltei às minhas anotações, que aproveito para registrar e transferir às reflexões daqueles que têm dedicado um pouco de tempo em ler meus registros neste blog. Aí vão:


1. A Bíblia apresenta várias características de um verdadeiro líder - Jetro, em conversa com Moisés, em Êxodo, apresenta alguns atributos. Vemos isso também em Atos quando a igreja está se preparando para comissionar diáconos. Em suas cartas, o apóstolo Paulo se dedica a apresentar alguns perfis para o serviço da liderança. Quando alguém fala a Saul sobre Davi, apresenta-lhe seus principais atributos.


2. Quando lemos o que chamam de 'galeria dos heróis da fé', em Hebreus 11, encontramos ali o que determinou o sucesso daqueles homens e mulheres.


3. O que foram, em seu passado, os homens e mulheres que Deus chamou e usou para a Sua glória? Nada. Ninguém. Deus os viu, os chamou, os moldou e os usou para a Sua glória. Muitos foram chamados ainda no ventre.


4. O sucesso começa na dependência de Deus, na humildade, na obediência. A trajetória, caminho ou escada dependem de posicionamentos santos.


5. O sucesso do líder passa pela cruz.


6. O modelo para os doze tinha relação direta com a sua semelhança com Jesus. Foi em Antioquia [ver livro de Atos] que os crentes foram chamados de Cristãos pela primeira vez. Cristãos não são pequenos Cristos, mas pessoas que se parecem com Jesus.


7. Jesus e seus discípulos impactaram a sociedade em que foram plantados. Um grande indicador de que alguém é um líder de sucesso é saber o quanto esta pessoa transformou seu ambiente social, mantendo os mesmos padrões de dependência, humildade e obediência a Deus, como nos primeiros dias de sua caminhada cristã.


Nisso pensai!



terça-feira, 22 de maio de 2012

Jogando Tempo Fora


‘Portanto, vede prudentemente como andais, não como tolos, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.’ (Efésios 5.15-17).

Quando nasci, os órgãos estatísticos diziam que eu viveria, probabilisticamente, até aos quarenta e cinco anos. Isto queria dizer que a minha morte se daria no ano de 1996, mas eu não morri.

Considerando que a minha morte ocorresse no dia 24 de junho de 1996, já tive uma sobrevida de 5810 dias e 9 horas [estamos no dia 22 de maio de 2012, às 9 horas da manhã].

Com esse maravilhoso tempo, dádiva de Deus, considerando que eu poderia estar morto desde 1996, eu poderia ter assistido a 93 mil partidas de futebol, poderia ter dormido cerca de trinta e cinco mil horas, considerando que durmo em média 6 horas por dia. Nesse tempo pude gastar 5800 horas para minhas refeições diárias e mais 17 mil horas, grande parte, provavelmente, perdidas diante de um aparelho de TV.

Conforme o site de O Globo, a expectativa do brasileiro alcançou 73,5 anos de vida, segundo a pesquisa de Tábuas de Mortalidade divulgada em 1º de dezembro de 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, caso isto se cumpra na minha vida, ainda tenho 4599 dias, ou 110 mil horas, ou, ainda, 6 milhões e 600 mil minutos de vida sobre a terra.

A grande pergunta é: O que farei desta segunda sobrevida? E, poderia, ainda, me perguntar sobre a que causas me dedicarei ou a serviço de quem trabalharei, que obras construirei, que legado poderei deixar para as próximas gerações, de que maneira prepararei meu passaporte para a eternidade.

Se tomar o texto de Eclesiastes 3, nesse tempo eu posso me dedicar a plantar ou em arrancar coisas plantadas por mim ou por outra pessoa, posso acabar de matar alguém que já está no curso da morte ou posso ser um agente de cura ou posso, ainda, derrubar aquilo que alguém, com muito esforço, colocou de pé, ou mesmo me prontificar a edificar aquilo que está caído.

Sob o mesmo manto de Eclesiastes, posso gastar esse precioso tempo chorando, lamentando e reclamando, ou posso me divertir, dançar e me alegrar com as maravilhas da vida, com os milagres de Deus; posso ainda espalhar pedras ou ajuntá-las e fazer delas belos edifícios que sirvam de fortalezas para os desamparados, posso abraçar as pessoas ao invés de repeli-las e afastá-las de mim e de Deus; nesse tempo maravilhoso que ainda tenho, posso buscar o que se perdeu em vez de perder o que, com tanto empenho se buscou, e posso guardar as coisas mais preciosas que herdei ou conquistei e deixar de lançá-las fora. Nesse tempo posso, por fim, coser ou rasgar, falar ou me calar, amar ou odiar, fazer guerras ou promover a paz.

Eu posso fazer escolhas. Probabilisticamente, tenho ainda mais de 100 mil horas para fazer as melhores escolhas e viver mais de 4 mil dias da melhor maneira possível, considerando que o Senhor tem um plano de paz, e não de mal, para mim, e que Ele tem preparado um futuro e uma esperança para os seus amados.

A palavra remir pode significar ‘tomar para si, resgatar’. Para que tomar este tempo que temos para mim mesmo? Para que, com ele, eu possa fazer o melhor uso, aproveitá-lo para as coisas mais essenciais da vida e, com ele, esse precioso e maravilhoso tempo, possa glorificar o nome do nosso bondoso e gracioso Deus.

Deixo um vídeo para sua apreciação e tenha um bom dia, tenha bons dias, e que a vida de Deus flua na sua vida:

Nisso pensai! 

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Alegria do Coração e a Tristeza do Coração



|Provérbios 15. 13 e 15|
A Palavra de Deus é tremendamente intensa. Eu a leio por mais de trinta anos e, cada dia, encontro tesouros escondidos e riquezas encobertas no texto sagrado. Isso não tem nada a ver com a ampliação gradativa do conhecimento adquirido pela leitura cotidiana, mas por causa da forma como Deus nos ama, como Ele manifesta a Sua graça em nosso favor, a maneira como procura nos atrair para Si mesmo e pelo cuidado com que o Seu Santo Espírito tem nos tratado. Glória a Ele por isso!
Hoje eu acordei pensando sobre o primeiro dia em que Deus me viu. Onde eu estava? O que estava fazendo? Quando isso aconteceu? Lembrei-me de que o apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos elegeu n’Ele antes da fundação do mundo, conforme Carta aos Efésios 1.5. Ou seja, antes que qualquer coisa fosse efetivamente criada, o Senhor, na Sua onisciência, já estava olhando para um ponto da eternidade e vendo que hoje, com os meus sessenta anos de idade, eu estaria trazendo esta memória à luz apenas porque Ele me viu, e me elegeu. É bem verdade que isto é colocado de uma forma muito simples, mas houve uma logística divina que cruzou toda a história da humanidade, toda a cadeia genealógica desde o primeiro homem até que aquela visão de Deus se tornasse verdade nesta manhã. Um dia Deus me viu, cada dia da minha vida Ele me vê e, neste exato instante Ele está me assistindo de algum lugar da eternidade.
Mas, você pode estar se perguntando se isso tem alguma coisa a ver com o título desta reflexão.
O rei Salomão – Provérbios 15.13 - nos ensina que a tristeza do coração abate o nosso espírito e, assim, entendemos que a razão porque muitos vivem abatidos em seu ânimo, na vontade de viver, de continuar, de perseverar, de esperar um pouco mais etc, decorre do fato de algo invadiu a fortaleza de seu ser, e produziu tristeza, e essa tristeza, como ácido, está correndo de dentro para fora, gerando morte pelo abatimento do espírito.
Como a Palavra de Deus não fica apenas no confronto dos nossos sentimentos mais nocivos, mas, ela mesma, é a resposta e instrumento de terapia para a nossa alma, no mesmo capítulo – Provérbios 15.15 – lemos que a alegria do coração é banquete contínuo. Ou seja, há um antídoto espiritual para o problema crônico da tristeza e esse antídoto se chama alegria. Temos lido em Neemias 8.10 que ‘a alegria do Senhor é a nossa força’.
Abrindo um ligeiro parêntesis, em João 15.15 vemos que Jesus já não nos chama mais de servos, mas de amigos. Ou seja, se alguém de nós sente-se sem amigos, Jesus se fez nosso amigo.
Voltando ao texto de Provérbios, e para concluir esta reflexão, vemos que a fonte da nossa alegria não está em qualquer coisa, palavra ou gesto humanos, não está na satisfação de qualquer dos nossos anseios, mas que a alegria do coração do homem está no olhar de amigo, e este amigo se chama Jesus. Ele é a verdadeira fonte da nossa alegria.
Tenhamos todos um bom e alegre dia.

sábado, 7 de abril de 2012

Caminhe na Contramão do Mundo...


Eu havia decidido não escrever nada nesta manhã deste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde e, também, Dia do Jornalismo.
No entanto, como eu vinha refletindo sobre a nossa humanidade, ao me envolver numa pesquisa na web encontrei uma frase que tocou o meu coração e que dizia: ‘Caminhe na Contramão do Mundo, seja santo’. Como Deus fala conosco! Aliás, Ele tem querido falar conosco todo o tempo. Nós é que não vivemos atentos o tempo todo ao ponto de entendermos a voz de Deus.
Quando o Senhor esteve em amizade com Abraão, lhe orientando sobre seus planos para as gerações futuras e para as famílias da terra, num de seus ensinamentos Ele dizia a àquele servo: ‘anda na minha presença e sê perfeito’. Nós podemos encontrar este texto em Gn 17.1. Abraão tinha noventa e nove anos.
A gente pode até mesmo se perguntar se não seria muito tarde para Abraão ouvir esta recomendação. Tudo bem para quem já está ‘caindo pela tabela’, sucumbindo de fadiga e canseira, doente, pronto ‘prá bater as botas’. Em Gn 25 lemos que Abraão morreu aos cento e setenta e cinco anos. Ou seja, teve ainda mais setenta e seis anos para alcançar o padrão de excelência de vida requerido pelo Senhor.
No capítulo 7 da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, encontramos da tão importante declaração daquele servo de Deus acerca de sua humanidade e da grande dificuldade que ele, e todos nós, temos para vencer as inclinações da carne, da vontade. No verso 24 ele se declara ‘miserável homem’ pelo fato de viver uma intensa luta entre fazer ou não fazer aquilo que quer ou o que não quer.
O fato de nos tornarmos cristãos não nos imunizou de nós mesmos, das inclinações que nos tentam fazer pender para as nossas vontades. Jesus mesmo, quando vivia o momento mais crucial de sua vida terra, estando para ser levado pelos soldados, em oração ao Pai, clamando por aquele momento, se deparou com a luta interna sobre obedecer ou não obedecer.
Quando penso no momento em que Ele clama a Deus que, se possível, passasse d’Ele aquele cálice, o cálice da crucificação, penso que havia dois cálices imaginários, o seu cálice pessoal, o seu projeto particular e que representava a sua vontade, os desejos de seu coração, e outro cálice, o que representava o projeto de Deus para a vida da humanidade de todos os tempos, o cálice da obediência derradeira, o cálice que, se tomado, consolidaria a derrota de todo intento de Satanás e a abertura da porta da eternidade para todos os seres humanos. Era uma escolha que Jesus teria que decidir.
Titubear entre dois senhores, escolher entre nosso caminho e o caminho de Deus, optar entre a vontade da carne e a vontade d’Aquele que tem uma eternidade para ser vivida de maneira aprazível, dentre outras figuras que a Bíblia nos apresenta quando quer expressar nossa condição interna de conflitos sobre o SIM e o Não etc ... é o nosso chamado pessoal, o ponto que pode determinar a nossa vitória, o resultado final do nosso viver.
‘Anda na minha presença e sê perfeito’ pode querer nos dizer que não poderemos alcançar estágios de excelência fora da presença de Deus. Ou seja, a única condição que temos ao nosso dispor para buscar a perfeição dos nossos feitos, pensamentos, palavras, escolhas etc é andar na presença do Senhor.
Andemos na contramão do mundo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Bicho


‘Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’ é uma frase muito conhecida entre nós brasileiros. Não sei quem foi o autor, mas sei que foi muito cantada numa fase da carreira de Nei Matogrosso numa canção intitulada Homem com H.
É uma expressão típica de quem ainda não experimentou o Deus Todo-Poderoso, o Deus dos milagres. Então, quem conheceu a mão poderosa de Deus, a Igreja, expandiu a frase, apresentando a via da alternativa da vitória: ‘se orar o bicho foge’.
O bicho pode ser um monte de coisas. Pode ser o próprio diabo, o inimigo de Deus, nosso inimigo; podem ser pessoas que movidas por razões ou por sentimentos quaisquer se voltam contra nós para nos espezinhar; podem ser circunstâncias adversas sob a influência das quais nos sentimos encurralados; e, podem ser ‘vírus emocionais’ que eventualmente povoam nossa alma.
‘Vírus emocionais’ podem ser traumas do passado que nos importunam insistentemente, desejos ilícitos que nos tentam fazer caminhar fora dos padrões e dos valores éticos e morais, ímpetos que nos fazer manifestar reações estúpidas, sentimentos de menos valia, angústias e ressentimentos, medo, antipatias e tantas outras que tentam tornar nossa alma adoecida, empobrecida, desanimada, desistida.
Quando nos vemos assolados com estas coisas internas, inerentes ao nosso ser, nos vemos embaraçados a tal ponto que, às vezes, dá vontade de entrar numa caverna escura e ficar lá, bem escondido, até a tempestade passar. A questão é que, por serem coisas que fazem parte de nós, seguem conosco caverna adentro. Aí o bicho pega, e pega mesmo. Na medida em que vamos dando espaço aos sentimentos de fracasso, de impotência, de desesperança, o bicho via crescendo dentro de nós.
Quando Jesus falou que teríamos aflições no mundo, estava se referindo também a esse tipo de aflição interna. Mas, a grande notícia é que Ele já venceu todos os nossos inimigos em nosso favor, mesmo aqueles que vêm sob a forma de ‘vírus da alma’.
No texto de II Crônicas 20 vemos o rei Josafá, um dos reis de Israel, vivendo um momento de medo. Estava sendo ameaçado por uma grande multidão que vinha contra ele e contra o seu povo, além de estar geograficamente sem opções. O inimigo estava tão perto que não haveria muito tempo para organização as forças de defesa.
A questão é que o rei Josafá não entrou em nenhuma caverna, não alimentou nenhum ‘vírus emocional’ dentro de si, não se agitou como um desesperado, não estressou sua família e nem o povo sobre o qual governava. O rei Josafá tratou a situação na terceira via da expressão acima: ‘se orar o bicho foge’. Naquela experiência o bicho não teve nem tempo de fugir. O rei viu a ação da mão poderosa de Deus a tal ponto que seus inimigos começaram a lutar entre si, uns matando os outros até que todos estivessem totalmente derrotados, mortos.
Foi três o número de dias que o povo do rei Josafá se dedicou a recolher as riquezas expostas junto aos corpos dos cadáveres de seus inimigos.
Quando nos vemos envolvidos em algo que nos assedia perversamente para tentar nos destruir, geralmente nem pensamos no resultado final positivo como a derrota final dos nossos inimigos e nem mesmo na possibilidade de sairmos mais ricos do que entramos. Normalmente, pela pequenez da nossa mente humana, nos vemos abatidos, confundidos e perdidos no meio do fogo cruzado.
A receita? Pergunte ao rei Josafá. Ele não existe mais, mas sua história se encontra em II Crônicas 20. Há muitos ‘reis Josafá’ perto de você. Observe-os e veja como venceram suas guerras internas. Deus tem um plano de futuro e de esperança para você.
Recomendo o vídeo abaixo:
Shalom!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Filtro


Estive pesquisando sobre a freqüência com que a palavra ‘voz’ é mencionada nas Escrituras Sagradas. No total são cerca de quinhentas citações, sendo trezentas e setenta vezes no Antigo Testamento e as demais, cento e trinta, no Novo Testamento.
Encontramos os tipos de voz com que nós nos expressamos, como por exemplo: a voz da nossa oração, da súplica, do clamor, de júbilo, voz do cântico e voz do louvor, a voz do gemido e do pranto, dentre tantas.
Mas, quero pensar um pouquinho no tipo de voz que estamos acostumados a escutar. E mais, sobre a maneira como as ouvimos.
Ué! Então há um jeito certo de ouvir? Eu diria que, para aquele que quer desenvolver uma vida de fé, há, sim, uma forma adequada de aplicar os ouvidos às vozes que tentam se comunicar conosco. Em I Co 14.10 lemos que há ‘tanta espécie de vozes no mundo e que nenhuma delas é sem significação’.
Às vezes nos vemos muito embaraçados sobre o que fazer – que decisão tomar – em relação a determinadas coisas! Você já percebeu que, em alguns momentos ou situações, quanto mais ouvimos as pessoas mais enrolados ficamos e nos tornamos ainda mais confusos? Há momentos em que até temos medo de tomar certas decisões.
Em Romanos 10.17 lemos ‘a fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem pela palavra de Cristo’. Muitos temos lido e entendido que ‘a fé vem pelo ouvir, e ouvir a palavra de Deus’. Mas não é assim que diz o texto do apóstolo Paulo.
Ali vemos uma afirmativa de suma importância, a de que damos fé naquilo que ouvimos; é o que ouvimos que fundamentará a nossa fé, e que fundamentará as nossas decisões. Há muitas pessoas que colocam fé nas ‘abobrinhas’ que ouvem ao longo da vida.
Se quisermos a fé verdadeira, temos que ouvir ‘pela palavra de Cristo’. É como se a palavra de Cristo atuasse como um filtro para os nossos ‘ouvidos espirituais’. Ou seja, tudo o que nós ouvimos, de quem ouvimos etc, deve passar pelo filtro da Palavra de Deus. Não é tudo que entra por nossos ouvidos que deve ser acolhido em nosso coração.
Mesmos as vozes dos mestres, dos profetas, dos sacerdotes, de irmãos ‘ungidos’ têm que passar pelo filtro. Encontramos uma infinidade de textos que nos advertem a que não julguemos as pessoas, mas aquilo que ouvimos delas.
Muitas vez a voz de uma menininha como a serva de Naamã [II Rs 5.5] vale mais que a voz de um profeta como Balaão [Jd 11]. No entanto, uma e outra voz deve ser filtrada pela Palavra de Deus.
Lembremo-nos de que sempre seremos responsáveis pelas decisões que tomamos e nunca poderemos culpar as outras pessoas pelos conselhos que nos deram. Elas não são culpadas por acolhermos suas idéias, opiniões, profetadas, sugestões etc, se nós não passarmos as suas palavras pelo eficiente filtro da Palavra de Deus.
Finalmente, você quer saber que tipo de pessoa tem querido falar conosco além do Senhor, de nossos mentores, pais, mestres etc? Então vejamos alguns exemplos.
A voz do cônjuge – Gn 3.17
A nossa própria voz – Gn 4.23
A voz do povo – Jz 21.2 [cuidado; a voz do povo não é a voz de Deus]
A voz do amigo – I Sm 19.6
A voz dos poderosos – I Sm 24.16
A voz de endemoninhados – I Sm 28.12
A voz do silêncio – I Rs 18.29
A voz das aves – Ec 12.4
A voz do temor – Is 30.19
A voz dos estranhos – Jo 10.5
Nisso pensai!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Virando a Página


Estamos no dia 4 de abril de 2012 e acabo de acordar para um novo dia, que precisa ser realmente novo para mim.
Um novo dia deve revelar as novidades que Deus tem preparado para mim, para cada um de nós. Muitos acordamos estacionados nos dias ou nos tempos passados me fazendo lembrar dos cuidados que os hebreus investiram ao recolherem o maná no deserto logo no primeiro dia em que aquele episódio aconteceu. E, por que recolheram quantidades exageradas do maná naquela primeira manhã? Porque achavam que a benção daquele dia deveria ser levada para o dia de amanhã, para o de depois de amanhã e assim adiante.
O fato de nos prendermos às coisas do ‘ontem’ revela o quanto ainda nós dependemos de nós mesmos, o quanto nos satisfazemos com os ‘pães dormidos’, o quanto nos apegamos as coisas, ou fatos, que nós vivenciamos e que eventualmente nos causaram algum nível de bem estar. Por outro lado, nos apegar a ‘pães dormidos’ é uma forma de expressar o quanto duvidamos de Deus quanto a cuidar de nós e de trazer até nós o suprimento do momento.
Aprisionamentos no passado podem representar apegos emocionais, relacionamentos dos mais variados matizes [bons ou maus, frustradores ou motivadores, santos ou profanos, ativos ou já rompidos etc], sucesso ou fracasso nos negócios etc. Muitas pessoas, muitas pessoas mesmo, carregam o livro da vida com o marcador permanente estacionado a uma única página, a página do ‘ontem’.
O motivo pelo qual intitulei este texto desta forma está relacionado à palavra que ouvi na noite de ontem através do apóstolo Gilvan. Naquela noite ele se aludia a experiência em que Elias confrontou e eliminou os profetas de Baal e os do Poste-Ídolo. Esta história é encontrada em I Reis 18. Na página seguinte, encontramos o profeta Elias refugiado numa caverna, motivado pela ameaça de morte que recebera de Jezabel, mulher do Rei Acabe, conforme I Reis 19. Neste caso, virar a página significou um grande retrocesso nas posturas do profeta.
Virar páginas são atitudes que dependem de um posicionamento de fé, de uma ação que requer um pensamento focado naquilo que somos em Deus, naquilo que Ele, o Senhor, quer de nós; virar páginas tem a ver com a nossa missão, com os planos de Deus em relação a nós.
Há um maná novo para a manhã de hoje, para o dia de hoje [encontramos a experiência do maná em Êxodo 16].
Se algo do que estamos acostumados tem servido para nos escravizar, para nos fazer estacionar, para nos impedir de fluir nos rios de Deus, para roubar a nossa fé e a nossa esperança, se os ‘pães dormidos’ tem sido instrumentos de Satanás para nos imobilizar, para nos marcar no pecado e nos imergir no mar da culpa e do ressentimento, e se os fatos nos quais nós fincamos nossas âncoras pessoais têm servido para nos fazer viver amuados, embrutecidos, desconfiados, não podemos mais continuar mantendo esta página da nossa história aberta.
É necessário virar a página não sem antes concluir a sua leitura com o coração disposto. Se aquela página ao ser fechada representa algo que tenhamos que perdoar, perdoemos; se é algo de que tenhamos de nos arrepender e de nos confessar a Deus e a pessoas as quais ofendemos um dia, façamos isso; se foram frustrações pessoais, coisas das quais nos arrependemos de termos feito um dia, perdoemos a nós mesmos e disponhamos nosso coração em fazer as coisas de uma maneira melhor. Enfim, passar simplesmente para a outra página representa que devemos buscar em Deus sobre aquilo que Ele pensou de nós para aquele novo momento da nossa história, o nosso maná que vem da parte d’Ele neste novo dia, nesta nova manhã.
Enquanto escrevo, acabo de me lembrar de uma canção bem antiga, do grupo ‘Vencedores Por Cristo’, cuja poesia se expressa assim:
Logo de manhã quero te buscar
Tua voz ouvir
Teu amor sentir
Estender as mãos para te louvar
Derramar meu coração sobre teu altar
Pois tu sabes bem
Tudo quando há em mim
Vou te seguir e te amar até o fim
No livro das Lamentações de Jeremias – 3.22-24 – lemos que ‘as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim: renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei n’Ele’.
Quando me assentei para escrever este texto, o primeiro foi abrir o livro dos Provérbios de Salomão no capítulo 4, hoje é dia 4 e esse tem sido um costume que eu desenvolvi, o de ler este livro associando a numeração dos capítulos ao dia do nosso calendário. Certamente o seu texto está todo associado ao que pudemos ler acima; no entanto, para não ficar muito longa esta meditação, apenas sugiro que você faça a leitura destes provérbios ao longo deste dia e que o Senhor abençoe sua vida.
João Carlos Marins

domingo, 8 de janeiro de 2012

A Batalha dos Deuses ou As Dez Pragas do Egito

Artigo compilado de 'Revista do Curso Popular, janeiro-fevereiro-março de 1980, pásginas 16 a 20, com pequenos ajustes.
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Os objetivos das pragas - O Senhor feriu o Egito com dez pragas, que evidenciaram o julgamento de Deus sobre aqueles que oprimiam o Seu povo, e sobre os ídolos cultuados ali.

Aprendemos pela Bíblia e pela experiência cristã, que os atos de Deus se revestem de objetivos bem definidos. Deus não age por acaso, nem por mero capricho. Daí podermos destacar, dentre outros, dois grandes objetivos de Deus ao enviar as pragas sucessivas numa verdadeira Batalha contra Faraó e contra os deuses do Egito:

Primeiro Objetivo - manifestar Sua plena soberania - quando Moisés e Arão se apresentaram a Faraó, em nome do Senhor, pleiteando a saída do povo, o rei do Egito respondeu com insolência e desprezo: 'Quem é o Senhor para que lhe ouça a voz, e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel. Êxodo 5.2. Através das pragas, Deus revelou Sua magestade aos egípcios e aos demais povos da terra Êx 7.5 e 9.15-16]. As pragas provaram que Jeová era o Deus Soberano do Universo, Soberano sobre as forças da natureza, sobre Faraó e sobre os egípcios e seus deuses.

Damos aqui uma lista das pragas, com os deuses que foram atingidos por elas: SANGUE, contra o deus Nilo, rio sagrado para os egípcios; RÃS, contra a deusa Hequite, representada por uma rã; PIOLHOS, contra Khepera, o deus que defendia o povo dos piolhos; MOSCAS, contra Seb, a deusa da terra; PESTE nos animais, contra o boi Ápis, um dos deuses mais elevados; ÚLCERAS, contra a deusa Neit, em cujo culto os sacerdotes egípcios espalhavam cinza como sinal de bênçãos; SARAIVA, contra Ísis e Ozíris, os deuses da água e do fogo; GAFANHOTOS, contra Ísis e Serapis, protetores do país contra os gafanhotos; TREVAS, contra Rá, o deus sol; MORTE dos primogênitos, golpe final contra todos os deuses do Egito [Êx 12.12], especialmente contra Faraó, considerado divindade entre o povo egípcio.

Segundo Objetivo - fortalecer a fé no coração de Israel - este foi, sem dúvida outro objetivo de Deus ao ferir o Egito com as pragas mencionadas [Dt 7.17-19]. Por muitos anos, Israel convivera com a idolatria campeante no Egito. Isso, naturalmente haveria de influenciá-lo, negativamente [Êx 32.1-8]. Por tudo isso, o Senhor se revela a Israel, procurando despertar e fortalecer-lhes a fé. Havia duas coisas que os israelitas tinham de aprender nesse estágio de sua história: só o Senhor é Deus [Dt 6.4]; este Deus único é também poderoso para livrar e conduzir o Seu povo de vitória em vitória [Êx 18.9-11].

A oposição dos Magos - na batalha travada pelo Senhor e Seus servos contra os deuses do Egito e a opressão de Faraó, salienta-se a participação dos magos contra os planos de Deus. Esses magos eram elementos influentes na vida religiosa de seu país e gozavam da confiança de Faraó. Seus nomes nos são revelados em I Tm 3.8, bem como o caráter de amboos e o fim de sua oposição.

A natureza dessa resitência à verdade é particularmente solene. A oposição que Janes e Jambres fizeram a Moisés consistiu simplesmente em imitar, até onde lhes foi possível, tudo aquilo que ele fazia. Não vemos que eles atribuíssem a um poder enganador ou mau os sinais que ele fazia, mas antes que procuraram neutralizar os seus efeitos sobre a consciência, fazendo eles as mesmas coisas.l O que Moisés fazia, também eles o podiam fazer, de modo que, afinal não havia grande diferença. Um era tão bom como os outros. Um milagre é um milagre. Se Moisés fazia milagres para tirar o povo do Egito, eles podiam fazer milagres para os obrigarem a ficar no país. Onde estava, pois, a diferença?

Considerando as diversas formas de oposição de Satanás à verdade de Deus, vemos que o seu método tem sido sempre, em primeiro lugar, opor a violência; e, depois, se este método falha, corrompê-la por meio de imitação. Por isso, procurou em primeiro lugar matar Moisés [capítulo 2.15], e tendo falhado em realizar o seu propósito, procurou imitar as suas obras. O mesmo aconteceu com a verdade confiada à igreja de Deus. Os primeiros esforços de Satanás manifestaram-se em ligação com a ira dos principais sacerdotes e anciãos do povo por meio do tribunal, o cárcere e a espada. Porém, na passagem que reproduzimos da II Epóstola de Timóteo não se faz menção de tais processos. A violência aberta foi substituída por um meio muito mais astuto e perigoso de uma profissão vazia, ineficaz de imitação. O inimigo, em vez de se apresentar com a espada da perseguição na mão, passeia com o manto da profissão sobre os ombros, professando e imitando aquilo que em outro tempo combateu e perseguiu; e, por este meio consegue vantagens assombrosas no tempo presente. As formas horríveis que o pecado moral tem revestido, e que de século para século tem manchado as páginas da história da humanidade, longe de encontrarem apenas naqueles lugares onde naturalmente poderiam buscar-se, nos antros e cavernas das trevas humanas, acham-se cuidadosamente ocultas debaixo das pregas do manto de uma profissão fria, impotente e sem influência, e esta é uma da sobras primas de Satanás. É natural que o homem, como ser caído e corrompido, seja egoísta, cobiçoso, vaidoso, altivo; mas que seja tudo isto sob a capa formosa da 'aparência de piedade' denota a energia especial de Satanás na sua resistência à verdade 'nos últimos dias'.

As insinuações de Faraó - a partir da hora em que os magos confessam sua incapacidade para resistir, Faraó tenta negociar com Moisés a ordem divina [Êx 8.19]. Em todas as tentativas está presente a idéia de segurar o povo nas terras do Egito, desvirtuando-lhe o sentido amplo de santificação, adoração e serviço ao Senhor. Em síntese, são essas as insinuações de Faraó:
Sacrificar no Egito [Êx 8.25] - é desnecessário acentuar aqui que, quer sejam os magos com a resistência que opõem ou Faraó com as suas objeções, é realmente Satanás que está atrás de toda esta cena; e o seu objetivo, nesta proposta de Faraó, consistia em impedir o testemunho do nome do Senhor- um testemunho ligado com a separação completa entre o Seu povo e o Egito. É evidente que um tal testemunho não podia ser dado se eles tivessem continuado no Egito, ainda mesmo que tivessem oferecido sacrifícios ao Senhor. Os israelitas ter-se-iam então colocado no mesmo terreno que os egípcios, e teriam posto o Senhor ao mesmo nível dos deuses do Egito. Então os egípcios poderiam ter dito aos israelitas: 'não vemos nenhuma diferença entre nós; vós tendes o vosso culto, e nós temos o nosso; é tudo a mesma coisa'.
Não ir longe [Êx 8.28] - não podendo retê-los no Egito, procurava ao menos  retê-los perto das fronteiras, para poder agir contra eles por meio das diversas influências do país. Desta forma opovo podia ser reconduzido e o testemunho mais facilmente aniquilado do que se eles nunca tivessem saído do Egito. Por esse motivo, se as pessoas não estão dispostas a ir longe, é melhor não partirem.
Ir sem os filhos [Êx 10.8-11] - os pais no deserto e os filhos no Egito! Que terrível anomalia! Isto teria sido apenas libertação parcial, ao mesmo tempo inútil para Israel e desonrosa para o Deus de Israel. Isto não era possível. Se os filhos fossem deixados no Egito, não se podia dizer que os pais os tivessem deixado. Tudo quando podia dizer-se, em tal caso, era que em parte eles serviam ao Senhor e em parte a Faraó. Porém, o Senhor não podia ter parte com Faraó. Era necessário que possuísse tudo ou nada. Eis aqui um princípio para os pais cristãos.
Servir sem os bens [Êx 10.24] - não podendo reter os servidores, procurava ficar com os meios que eles tinham para servir, pensando obter o mesmo resultado por um meio diferente. Já que não podiam induzí-los a oferecerem sacrifícios no país, queria enviá-los fora do país sem vítimas para os sacrifícios. A resposta de Moisés a esta última objeção de Faraó dá-nos um relato dos direitos soberanos do Senhor sobre o Seu povo e tudo que lhes pertence. Moisés, porém, disse: tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que oferecemos ao Senhor nosso Deus. E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar parte para servir ao Senhor nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhyor, até que cheguemos lá [versículos 25 e 26]. É somente quando o povo de Deus toma o seu lugar, com fé simples e infantil, sobre o terreno elevado em que a morte e ressurreição os colocou, que podem ter um conhecimento adequado dos Seus direitos sobre eles.

Conclusão - antes mesmo que Moisés chegasse à presença de Faraó, Deus já sabia que o rei do Egito não facilitaria a saída do povo [Êx 3.19]. Por isso mesmo, a indisposição de Faraó seria usada por Deus para a manifestação de Sua glória. Mas naquela batalha memorável, Deus não apenas obteve a vitória para o Seu povo; firmou também o princípio que encoraja e tranquiliza os Seus servos em todas as épocas e lugares: Ele é o Senhor que peleja por nós [Dt 1.30].