|Provérbios 15. 13 e 15|
A Palavra de Deus é
tremendamente intensa. Eu a leio por mais de trinta anos e, cada dia, encontro
tesouros escondidos e riquezas encobertas no texto sagrado. Isso não tem nada a
ver com a ampliação gradativa do conhecimento adquirido pela leitura cotidiana,
mas por causa da forma como Deus nos ama, como Ele manifesta a Sua graça em
nosso favor, a maneira como procura nos atrair para Si mesmo e pelo cuidado com
que o Seu Santo Espírito tem nos tratado. Glória a Ele por isso!
Hoje eu acordei pensando sobre
o primeiro dia em que Deus me viu. Onde eu estava? O que estava fazendo? Quando
isso aconteceu? Lembrei-me de que o apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos
elegeu n’Ele antes da fundação do mundo, conforme Carta aos Efésios 1.5. Ou
seja, antes que qualquer coisa fosse efetivamente criada, o Senhor, na Sua
onisciência, já estava olhando para um ponto da eternidade e vendo que hoje,
com os meus sessenta anos de idade, eu estaria trazendo esta memória à luz
apenas porque Ele me viu, e me elegeu. É bem verdade que isto é colocado de uma
forma muito simples, mas houve uma logística divina que cruzou toda a história
da humanidade, toda a cadeia genealógica desde o primeiro homem até que aquela
visão de Deus se tornasse verdade nesta manhã. Um dia Deus me viu, cada dia da
minha vida Ele me vê e, neste exato instante Ele está me assistindo de algum
lugar da eternidade.
Mas, você pode estar se
perguntando se isso tem alguma coisa a ver com o título desta reflexão.
O rei Salomão – Provérbios 15.13
- nos ensina que a tristeza do coração abate o nosso espírito e, assim, entendemos
que a razão porque muitos vivem abatidos em seu ânimo, na vontade de viver, de
continuar, de perseverar, de esperar um pouco mais etc, decorre do fato de algo
invadiu a fortaleza de seu ser, e produziu tristeza, e essa tristeza, como ácido,
está correndo de dentro para fora, gerando morte pelo abatimento do espírito.
Como a Palavra de Deus não
fica apenas no confronto dos nossos sentimentos mais nocivos, mas, ela mesma, é
a resposta e instrumento de terapia para a nossa alma, no mesmo capítulo –
Provérbios 15.15 – lemos que a alegria do coração é banquete
contínuo. Ou seja, há um antídoto espiritual para o problema crônico da
tristeza e esse antídoto se chama alegria. Temos lido em Neemias 8.10 que ‘a
alegria do Senhor é a nossa força’.
Abrindo um ligeiro parêntesis,
em João 15.15 vemos que Jesus já não nos chama mais de servos, mas de amigos.
Ou seja, se alguém de nós sente-se sem amigos, Jesus se fez nosso amigo.
Voltando ao texto de
Provérbios, e para concluir esta reflexão, vemos que a fonte da nossa alegria
não está em qualquer coisa, palavra ou gesto humanos, não está na satisfação de
qualquer dos nossos anseios, mas que a alegria do coração do homem está no olhar
de amigo, e este amigo se chama Jesus. Ele é a verdadeira fonte da nossa
alegria.
Tenhamos todos um bom e alegre
dia.
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