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terça-feira, 5 de maio de 2009

Unção com Óleo

Unção com Óleo
Bíblia utilizada: Almeida, Versão Revisada

Bases
‘Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro. e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.’ Apocalipse 22.18-19
‘sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.’ II Pedro 1.20
‘Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.’ Gálatas 1.8

A Palavra ‘Unção’
A palavra aparece 25 vezes no texto das Sagradas Escrituras. No Antigo Testamento, 23 vezes, e no Novo Testamento, apenas 2 vezes. No AT, em geral, associada à instituição do tabernáculo e do ofício do culto [sacerdócio, vestes e utensílios]
O verbo ‘ungir’, em suas várias conjugações, aparece por mais de 140 vezes nas Sagradas Escrituras. A maior parte das citações encontra-se no Antigo Testamento, com cerca de 120 vezes
Ocorrências:
Unção de sacerdotes, para santificação e consagração [+++++]
Unção do tabernáculo/tenda da Congregação, suas peças principais, utensílios e pertences, para sua santificação [+++++]
Unção de colunas [memoriais]
Unção de escudos [como no caso do Escudo de Saul]
Sacerdotes, Profetas e Reis eram ungidos. Há menções de Reis ungidos pelo Senhor, mas há menções de Reis ungidos tão somente por homens como por um costume nacional. A unção do sacerdote também estava relacionada com o exercício do governo de Israel em apoio ao papel do rei [+++++]
Menções sobre a composição do óleo
Menções sobre a apresentação de ofertas pelo sacerdote no dia de sua unção, e, em alguns casos, com associação com a consagração do altar [+++]
Menção sobre o Ungido do Senhor, numa referência profética a Jesus Cristo [+++]
Auto-unção para fins específicos [Rute, para seu encontro com Boaz; Homens, ungindo a cabeça para não parecer que está jejuando; os homens de forma geral, como forma de se perfumar ou de parecer mais consagrados] e auto-unção para entrar na casa de Deus, como no caso de Davi
Menção sobre os ungidos do Senhor, em referência aos reis de Israel, pois assim realmente o eram. Davi foi o personagem que mais reconheceu o papel do ungido do Senhor na pessoa de um rei [++++]
Menções sobre o Ungido, numa referência profética sobre Jesus [+++]
Menção do crente com ungido do Senhor
Unção como o derramar da benção de Deus sobre a pessoa [não física]
Unção com óleo de alegria como uma dotação espiritual [não física]
Menção quanto a não podermos ‘tocar nos ungidos do Senhor’. Uma citação ao papel do líder
Unção do crente com óleo fresco [não física]
A Sabedoria que foi ungida – no livro de Provérbios – provavelmente seja menção a pessoa do Espírito Santo
Unção de Jerusalém [não física] considerando-a como ‘filho’ de Deus
Menção do querubim [Lúcifer] ungido para cobrir [apenas uma citação]
Unção da cabeça com ungüento, costume entre os hebreus, em Israel, nos tempos de Jesus; e, unção dos pés [comum nos Evangelhos]
Unção do corpo para a sepultura [comum nos Evangelhos]
Unção de enfermos [duas citações no Novo Testamento]
Unção sobre Jesus, conforme citação em Isaías, para o ministério
Unção [ato não físico] sobre a vida de Paulo
Unção dos olhos com colírio [não física], em Apocalipse, numa referência a abertura da visão espiritual
A Palavra ‘Óleo’A palavra aparece cerca de 20 vezes no texto das Sagradas Escrituras.
As citações confirmam o que já vimos acima. Registramos, abaixo, apenas alguns complementos interessantes:
Lei das mulheres, no tempo do Rei Assuero: seis meses com óleo de mirra, e seis meses com especiarias, e com as coisas para a purificação das mulheres
Óleo precioso sobre Arão, simbolizando a Unidade da Igreja – nos salmos
Óleo e perfume alegram o coração, numa comparação a conselho cordial de um amigo – em Provérbios
Nunca deve faltar óleo sobre a nossa cabeça [dotação espiritual de Deus sobre a vida do crente] – recomendação de Salomão, em Eclesiastes
Feridas são amolecidas com óleo – citação no livro do profeta Isaías
Comentário sobre Tiago 5.14-15Tomei o texto abaixo do site do Ministério Apostólico Atos Dois – www.atosdois.com.br – e escrito pelo pastor Lucas da Silva, que pode nos apoiar em nossas reflexões. Aliás, a Web está povoada de pensamentos de Nova Era e pensamentos Católicos Romanos sobre o tema da Unção de Doentes.
A igreja evangélica deve usar mais esta ferramenta de comunicação – a Internet – como forma de disseminar a mensagem do Evangelho, em toda a sua expressão amparada em Isaías 61, e muito menos para se vitimar ante as armadilhas desta, que, hoje, tem se tornado um alçapão para aprisionar a muitos, inclusive crentes em Jesus.
Vamos ao comentário do pastor Lucas:
A Virtude da Unção
“Está alguém entre vós doente ? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará, e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tiago 5:14,15).
O ensino apostólico dirigido aos presbíteros relativamente à unção dos doentes com azeite, era prática corrente no ministério de Jesus, ainda que não leiamos nos evangelhos algo que confirme directamente esta prática exercida por Jesus. Todavia, podemos encontrar que os discípulos, os quais haviam recebido instruções da boca do seu Mestre, exerciam esta prática:
“E saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam muitos demónios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam” (Mar. 6:12,13).
Sabemos perfeitamente que nesta época era prática corrente os discípulos de qualquer mestre seguir os seus ensinos e pô-los em prática, numa respeitada obediência; aquilo que eles viam e ouviam, era isso que ensinavam e praticavam.
A influência da escola grega sobre os judeus fazia-se sentir de uma forma bem notada. Sócrates, Aristóteles e Platão, para não falarmos de muitos outros filósofos, tinham desenvolvido uma política de ensino que marcava os seus discípulos numa obediência reverente.
Repare que Jesus seguiu uma prática idêntica ao estilo de ensino daqueles mestres. Ele ensinava os seus discípulos ao ar livre, passeando, assentando-se, nos barcos, nas praias, em casas e nas sinagogas. Claro que só nos referimos aos métodos do ensino, porquanto o que Jesus ensinava era muito mais do que filosofia humana; porque não ficava por palavras; ele demonstrava o poder do seu ensino com o seu exemplo e com obras sobrenaturais com dimensão divina.
Assim, e nesta conformidade, acreditamos que a prática da unção dos doentes com azeite, enquadra-se, perfeitamente, no que o discípulo João escreveu: “Jesus pois operou em presença dos seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro; estes, porém, foram escritos para creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo. 20:30,31) .
Partindo da premissa desta ilação, que me parece lógica, e uma vez que o apóstolo Tiago nos ensina, peremptoriamente, a bênção da unção dos doentes com azeite, só nos resta segui-la e pô-la em prática, numa reverente obediência, para cura dos enfermos por quem somos chamados a orar, em nome do Senhor.
O Azeite da Unção
Todos nós sabemos como o povo judeu era bem tradicional, respeitando, religiosamente, a lei e as ordenanças ensinadas por Moisés, ao ponto de Jesus os criticar, dizendo-lhes: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição” (Mar. 7:9).
Assim, e sabendo eles quem tinha instituído a prática da unção por ordem divina, só lhes restava observá-la.
A origem do azeite da unção resulta de uma ordem de Deus, pois tinha um objectivo fundamental, marcadamente cerimonial, como todas as outras ordenanças divinas, para a consagração e santificação de tudo o que se relacionasse com o culto ao Senhor.
“Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Tu pois toma para ti das principais especiarias, da mais pura mirra quinhentos siclos;, e de canela aromática a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos, e de cássia, quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveiras, um him.
E disto farás o azeite da santa unção, o composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da santa unção.
E com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do testemunho, e a mesa com todos os seus vasos, e o altar do incenso. O altar do holocausto com todos os seus vasos, e a pia com a sua base.
Assim santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo.
Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificarás para me administrarem o sacerdócio.E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Este me será o azeite da santa unção nas vossas gerações”(Ex.30:22-31).
Como judeus, tanto Jesus como os seus discípulos, haviam aprendido esta ordenança. Eles sabiam o significado do azeite da santa unção: Purificação, consagração e santificação.
Somos Templos do Espírito Santo
O apóstolo Paulo ensina-nos sobre esta maravilhosa verdade e adverte-nos a viver vidas santas, purificadas, ungidas, a fim de podermos estar em condições de ministrar ao Senhor no nosso culto racional. Como poderemos entrar na presença do Senhor para O cultuar sem estarmos ungidos?
Este era o sentimento de Tiago: Alguém que estivesse doente, não estava em condições de cultuar devidamente o Senhor. Ele tinha de ser santificado, purificado e consagrado, tal como os sacerdotes da linhagem de Arão. A Palavra do Senhor diz-nos que nós somos sacerdotes do Deus altíssimo. Cristo nos comprou e nos fez sacerdotes reais (I Ped. 2:9).
Assim, um cristão/sacerdote doente, era como alguém que estava impuro, incapaz para ministrar e necessitava ser ungido com azeite a fim de ser purificado, santificado e consagrado; recebendo, depois, a cura e o perdão dos pecados.
Foi para que os cristãos, que são considerados como sacerdotes, reunissem as condições essenciais ao ministério no culto ao Senhor que Jesus cravou na cruz, com Ele, as nossas doenças e os nossos pecados (Is. 53:4,5).
Tendo em linha de conta que os cristãos podem ser atingidos pelos dardos inflamados do diabo (Ef. 6:16) por falta do uso correcto do escudo da fé, então Tiago lembra-nos e ensina-nos que a unção com azeite consagrado e a oração em nome do Senhor por um presbítero, restaurará o doente ao sacerdócio pleno.

Comentário sobre Marcos 6.12-13
Não encontrei comentários significativos sobre este texto. Em geral, o material encontrado é genérico e não aprofunda a questão da unção de enfermos.
O que vemos, de forma clara no texto de Marcos 6.7 a 13, Instrução aos Doze, envolve os seguintes aspectos [considerem-se também os textos de Mateus 10.5-15 e Lucas 9.1-6]:
Foram enviados em duplas
Receberam poder e autoridade sobre os espíritos imundos/demônios e para efetuarem curas
Deveriam pregar a proximidade da vinda do Reino dos Céus
Não deveriam ir aos gentios nem em Samaria, mas às ovelhas perdidas da Casa de Israel
Deveriam, também, curar enfermos, ressuscitar mortos, purificar leprosos e expelir demônios
Nada deveriam levar, além de seu bordão [nem ouro, nem prata, nem cobre, nem pão, nem alforje, nem dinheiro]. Há uma dúvida: Em Marcos lemos a recomendação de se levar o bordão; em Mateus e em Lucas, de não levá-lo
Deveriam calçar sandálias e levar apenas uma túnica, apenas a que fizessem uso
Deveriam utilizar apenas uma casa, como base, em cada localidade
Caso fossem rejeitados em alguma localidade, que saíssem dali imediatamente, e, ao sair, deveriam sacudir o pó daquela cidade para que nem isso fosse levado por eles
Vemos que, em sua missão, pregaram o arrependimento dos pecados
Expeliram muitos demônios
Curavam enfermos, e os ungiam com óleo
Algumas ConsideraçõesO texto do Novo Testamento é econômico quanto ao assunto da unção.
Os casos mais clássicos são o de Tiago, que se trata de uma carta aos irmãos judeus que estavam dispersos, se reporta a unção feita por presbíteros, aos doentes, no seio da igreja do Senhor, e o de Marcos, Mateus e Lucas – mesmo texto em visões de cada um dos evangelistas – que orienta a forma como os apóstolos, enviados em duplas, deveriam se comportar no âmbito da Casa de Israel, ou seja, entre os judeus e, neste caso, ainda não convertidos.
Não há citação clara e direta de qualquer outro tipo de unção.
Mesmo na eleição de presbíteros, anciãos, diáconos, bispos etc, estes eram indicados pela igreja, por liderança do Espírito Santo, e recebiam imposição de mãos.
Para Nossa ReflexãoA igreja deve fazer a transposição dos atos do Antigo Testamento, relativos às unções, para os dias atuais na forma de Atos Proféticos? Sob quais bases bíblicas podemos agir assim, em nosso tempo?
A unção de enfermos é apenas para os que compõem a igreja do Senhor?
Ou, a unção se estende apenas aos judeus não convertidos?
Ou ainda, podemos ministrar a unção entre os perdidos debaixo de um processo da estratégia da ganhar os perdidos pela manifestação de maravilhas e atos de cura por imposição de mãos e unção com óleo?
E quanto às demais unções praticadas atualmente pela igreja, como a unção de oficiais, de veículos, de templos, de residências, de lenços, roupas, fotografias de pessoas, etc?
No caso de unção de umbrais e vergas das portas das residências, prática dos judeus quando de sua saída do Egito, quando utilização sangue de animais, pode-se utilizar o óleo como um substituto do sangue? Esse tipo de prática representa a verdadeira proteção?

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