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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lugar da Comunhão

Vou basear esta conversa em Lucas 24.49 que diz: 'permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
Quero tomar as seguintes palavras: ESTAR JUNTOS - COMUNHÃO - UNIDADE
As notas a seguir não pretender ser conclusivas. Na verdade, haveria muito ainda que compartilhar sobre o assunto, o que ficará para depois.
Penso que o 'fator de sucesso' para a vida da igreja chama-se COMUNHÃO.
Em João 17.21 lemos que para que o mundo creia que Jesus foi enviado é necessário que a igreja viva em UNIDADE.
Você já percebeu que o lugar de maior 'lixa', onde encontramos as maiores contendas, onde vivenciamos as maiores oposições, disputas por posição etc, é na família ou na congregação. São os lugares em que somos mais parecidos mais conosco mesmo. Mais em casa do que na congregação, diga-se de passagem.
A essência da COMUNHÃO é o perdão. Sem perdão não há possibilidade de comunhão.
Esta afirmativa vale, inclusive, para a relação de uma pessoa com Deus. Se alguém não guarda comunhão com o seu irmão por uma questão de pendências no relacionamento, não pode entrar em comunhão com o Pai. Exemplo disto, em relação à apresentação de ofertas, está em que temos que ajustar as contas do relacionamento quebrado e, apenas após isto, entrar diante do altar das ofertas. Ver Mateus 5.23-24.
O perdão é a expressão da graça entre duas pessoas.
No culto levítico, demonstrado exaustivamento do Antigo Testamento, ninguém entrava no Lugar Santo sem passar primeiramente pelo Pátio.
O tabernáculo era um lugar de simbolismos. Ali havia três portas: a que separava o arraial do interior do Tabernáculo, a qual chamo de PORTA DO SACRIFÍCIO; a que separava o lugar do sacrifício [Pátio] do Lugar Santo, que chamo de PORTA DA COMUNHÃO; e, a que separava o Lugar Santo do Santissimo Lugar, que chamo de PORTA DA INTIMIDADE [com Deus].
Assim, para estar na presença de Deus, no Santissimo Lugar, era obrigatória uma passagem pelo Pátio, local onde era feito o sacrifício. Numa analogia com as doutrinas do Novo Testamento, o Pátio, mais precisamente o Altar do Sacrifício, representava a Cruz.
Em Lucas 9.23 e 14.27 lemos que se alguém quer seguir e ser discípulo de Jesus precisa carregar sua cruz pessoal. Ou seja, é importante compreender que não podemos entrar na COMUNHÃO sem, antes, mortificarmos a nós mesmos e vivermos uma vida incontaminada.
Desta forma podemos compreender que a Cruz é primeiro instrumento para a nossa santificação  e o primeiro passo no caminho para a INTIMIDADE com Deus.
Crente sem Cruz só é crente; não é discípulo.
Na I Epístola de João [1.7] lemos que para andarmos na COMUNHÃO com os irmãos [e com Deus] temos que andar na luz. Ou seja, precisamos passar pela PORTA DO SACRIFÍCIO, onde nada mais pode ficar oculto.
Depois, então, que sacrificamos a nós mesmos podemos entrar na COMUNHÃO.
O Lugar Santo é o Lugar da UNIDADE, o 'lugar do encaixe'. Você já tentou encaixar um objeto redondo num espaço quadrado? Isto é uma tarefa impossível a não ser que um e outro objeto sejam ajustados um ao outro. É uma tarefa que requer desbaste. Pessoas, no processo de ajustamento entre si sofrem perdas de 'pedaços'. Pedaços são sentimentos, pensamentos, escolhas, manias, hábitos etc que precisam ser repensados em favor da COMUNHÃO. Onde isto acontece com mais frequência? Em casa e nos lugares de maior abertura ao relacionamento, como a congregação, por exemplo. Isto não é muito fácil. No caso de Jesus, ele não era facilmente aceito nem mesmo em sua própria casa e vila. Vide Mateus 13.54, 57 e 58.
Tenho o Lugar Santo como o 'lugar da COMUNHÃO'. Até ali entrava o grupo de sacerdotes levitas. Apenas o Sumo-sacerdote ia até o Santissimo Lugar. Podemos inferir que o grupo de sacerdote levitas, mais o Sumo-sacerdote, simboliza a igreja.
No Lugar Santo era encontrada a Mesa dos Pães de Proposição. Mesa pode representar 'ter que dividir espaços, pensamentos etc', 'ser levado a dar honra ao outro', 'ajustar o relacionamento', 'abrir mão' etc.
Ali havia também o Castiçal, conhecido ainda como Candelabro, Castiçal e Lâmpada, que pode representar a presença da luz que nos expõe uns aos outros, que nos propicia um viver sob transparência, que nos convida a 'conhecer o outro' e 'nos dar a conhecer pelo nosso companheiro'.
Por fim, o Altar do Incenso traz a idéia do clamor, da intercessão. Isto não apenas com relação ao nosso Deus, mas o clamor de um pelo outro; precisamos da ajuda mútua, da mão amiga, do suporte, do socorro; mas, precisamos aprender a dar louvor pelos atos do irmão, reconhecer seu valor, aprender a agradecer e a ser gentil.
Assim, sem avançar mais nestas considerações, 'se quisermos entrar no Santissimo Lugar temos que vencer a 'etapa da comunhão', andar com os que nos são mais próximos, mais íntimos, sem qualquer nível de restrição, sem ter que se esconder.
Precisamos desenvolver o 'andar lado-a-lado' entender o jeito de ser de cada um e aceitar que, a qualquer momento, nosso irmão vai cometer um deslize, até mesmo conosco mesmo, e caminhar para que sejamos, pela COMUNHÃO, aperfeiçoados no amor.
Nisso pensai!

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